- Para mim, fica muito difícil. Como estou no gol, tenho de prestar atenção nas bolas que vêm, orientar os jogadores e principalmente mandar quem vai substituir o outro dar algum tipo de orientação - conta Roberto.
Na cidade de Santa Quitéria, distante 220 quilômetros de Fortaleza, o goleiro e técnico começa o treinamento em uma obra, como pedreiro, ao lado do pai, Zé Maria. Zé não esconde o orgulho do filho e admite ter ajudado com a quantia de R$ 1500 para levar a liga desportiva à cidade no interior do Estado.
- Ele tem mais prazer no futebol. Trabalha na obra satisfeito, mas é mais satisfeito no gol - conta o pai de Roberto.
Do filho, as palavras também são de agradecimento e gratidão.
- Meu pai é o maior orgulho que eu tenho. Deixou consciente daquilo que eu quero e que pretendo ter - afirma.
Nos treinos, Roberto conta com um auxílio precioso, o do empresário Romildo Queiroz, que faz a função de goleiro quando o pedreiro resolver ser treinador. Romildo destaca o envolvimento dos mais de 40 mil habitantes de Santa Quitéria, com bingos e até mesmo um site para conseguir fundos para o time.
- A cidade está envolvida, a população ajuda, criamos um site e vamos com a corda toda - explica o empresário.
- Digo para eles terem calma, usarem um pouco da inteligência e a adrenalina jovial quem eles têm para vencermos - finaliza Roberto, sobre a maneira de motivar o grupo.
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Globo Esporte.com