Maior crise da história
A entidade, que tem sua renda dependente basicamente da Copa do Mundo, espera reverter tudo isso com o Mundial de 2018, para quando prevê uma receita de US$ 5,5 bilhões (R$ 17,3 bilhões). Mas dos 34 patrocinadores que esperava fechar, hoje conta com apenas dez deles. Entre seus dirigentes, poucos escondem que a crise é uma das mais sérias de sua história.
De acordo com o balanço financeiro da entidade, mais de US$ 70 milhões (mais de R$ 220 milhões) foram gastos pela Fifa apenas para pagar advogados na tentativa de se defender de processos nos Estados Unidos e na Suíça. Outros US$ 50 milhões (R$ 157 milhões) foram gastos em custos com tribunais.
Para fazer frente a essa crise, a Fifa está retirando dinheiro de suas reservas estratégicas, criadas apenas para tempos de dificuldades. Hoje, elas estão em US$ 1 bilhão (R$ 3,1 bilhões). Mas devem cair para US$ 600 milhões (R$ 1,89 bilhão) ao final do ano. Em todo o ano passado, a receita da Fifa foi de US$ 502 milhões (R$ 1,578 bilhão), com gastos de US$ 893 milhões (R$ 2 807 bilhões).
Ao divulgar o balanço, a "nova Fifa" criticou investimentos passados da entidade. Para voltar a ter lucros, a entidade terá de obter uma receita de R$ 12,6 bilhões em 2018, o que permitiria que suas reservas sejam elevadas a R$ 5 bilhões.