O garoto franzino e esbelto cresceu em Aracati, município que fica a 150km da capital cearense. Lá, Alexandre se interessou pelo futebol, principalmente, ao ouvir as histórias de grandes ídolos do Ceará como Sá Filho, Hermenegildo e Mitotônio. Na cidade do litoral, viu que precisava alçar novos voos para a realização do sonho de ser jogador de futebol e com isso, veio morar em Fortaleza.
Aos 16 anos teve a primeira oportunidade de jogar pelo Vovô, ainda nas categorias de base, precisamente, no infantil. O maior desafio era lidar com o preconceito do pai que não queria que Alexandre fosse jogador de futebol. No entanto, o talento e o amor pelo esporte falou mais alto e o menino sonhador começou a escrever a sua história no Alvinegro.
No Ceará, Alexandre foi uma espécie de Super-Homem da defesa e a técnica se sobressaia em relação aos atacantes adversários. O público alvinegro lotava as praças esportivas todas as rodadas para vê-lo. Quem o conheceu afirma que quase nunca faltava a uma partida, mesmo que estivesse doente. Pode-se dizer que era um viciado em futebol, um espetáculo dentro dos gramados, além do carisma.
Como jogador, foi pretendido por Santos, Palmeiras e Fluminense. Em 1972, após fim da carreira, recebeu uma proposta para assumir o comando técnico do Fortaleza, mas mesmo com a ótima quantia em dinheiro, acima dos padrões da época, recusou a oferta.
Com a camisa do Ceará foi bicampeão estadual em 1957-58 e tricampeão em 1961-62-63. Em 1969 teve um de seus maiores feitos, como o mesmo costumava afirmar, a conquista da Copa Norte-nordeste.
Diário do Nordeste