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Polícia Federal diz que foi criada uma “organização criminosa” dentro do Ministério da Educação durante gestão de Milton Ribeiro

Polícia Federal diz que foi criada uma “organização criminosa” dentro do Ministério da Educação durante gestão de Milton Ribeiro

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
23/06/2022 às 15h37 Atualizada em 23/06/2022 às 22h55
Polícia Federal diz que foi criada uma “organização criminosa” dentro do Ministério da Educação durante gestão de Milton Ribeiro
Foto: Reprodução

A afirmação consta da decisão que autorizou a prisão do ex-ministro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Ribeiro. Ambos foram presos nessa quarta-feira (22), mas tiveram sua liberdade decretada nesta quinta-feira (23), pelo desembargador Ney Belo, da Justiça Federal.

Segundo a PF, foi montado um sofisticado esquema que a entidade classifica como “organização criminosa” dentro do MEC. A Polícia também constatou que a esposa do ex-ministro Milton Ribeiro recebeu ou cedeu valores a parentes da dupla de pastores.

A investigação aponta ainda que um aliado da dupla investigada foi nomeado para cargo dentro da pasta e que esse indicado chegou a viajar com os pastores e a participar de eventos com eles. No texto da decisão do juiz Renato Borelli, ele aponta achados também da Constroladoria-Geral da União, que subsidiaram a investigação.

Além da prisão de três dos envolvidos, já revogada, o juiz determinou a quebra dos sigilos dos citados no caso, como foi pedido pela PF. Também partiu da PF o pedido de prisão, sob o argumento de que os investigados poderiam obstruir a investigação e destruir provas.

O MPF foi favorável à quebra de sigilo, mas sugeriu medidas cautelares, como proibição de comunicação entre os citados, como alternativa à prisão preventiva, o que o juiz negou. A defesa do ex-ministro Milton Ribeiro só teve acesso à decisão nesta quinta. Ela classificou a prisão do ex-ministro como ilegal e extemporânea, argumento acatado pelo desembargador do TRF-1.
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