O chamado foi atendido pelo médico de plantão, Bruno Schmitt, que realizou as primeiras instruções para que a família conseguisse fazer a manobra de Heimlich, técnica de primeiros socorros utilizada em casos de obstrução das vias aéreas superiores.

“A mãe, Janaína, estava muito aflita, chorando. Tentei acalmá-la para passar as orientações, mas ela estava muito nervosa. Quem estava com a bebê era o pai. O pai obedeceu às orientações e foi seguindo os meus conselhos. Colocou a criança de bruços sobre os seus braços, e realizou manobras de massagem para ajudar a desobstruir as vias aéreas”, relata o médico.

Segundo o pai da bebê Ísis, o bancário Eder Ávila França, 50, apesar de saber algumas orientações para esses casos, foi preciso manter a calma para realizar as instruções dadas pelo Samu. “Eu sabia um pouco da manobra, mas nunca tinha feito. Foi a primeira vez e espero que seja a última. Eu tive que manter a frieza de escutar e fazer os procedimentos que foram eficazes ”, disse.

Ainda segundo Eder, no primeiro momento em que ele e a esposa, Janaína, perceberam que a filha estava engasgada, a primeira atitude foi ligar para o 192, número do serviço direto do Samu. “É muito importante a instrução que ele deu. Sem essa instrução, mesmo que tivesse uma unidade básica aqui próximo, talvez não desse tempo. Então, a instrução por telefone é eficaz para esses casos”, destaca.

Conforme o médico Bruno, escutar o choro da criança pelo telefone foi um momento de alívio e por saber que uma vida foi salva. “É muito bom quando a gente faz diferença na vida de alguém, e isso faz parte do nosso cotidiano como profissionais do Samu 192 Ceará”, comenta o médico, que disse ser a primeira vez em que salvou uma criança durante seus plantões.

Após a bebê ter sido salva com as orientações da corporação, Eder levou a filha para o hospital a fim de verificar se não houve nenhum dano à ela. Conforme ele, a pediatra explicou que a criança estava bem e não havia ocorrido nenhum prejuízo à saúde da bebê.