44% dos empresários cearenses sentem impacto negativo da Guerra na Ucrânia, aponta pesquisa
44% dos empresários cearenses sentem impacto negativo da Guerra na Ucrânia, aponta pesquisa
Por: Thiago Rodrigues
29/06/2022 às 07h26
Foto: Reprodução
No Ceará, 44,9% dos empresários afirmam sofrer algum impacto negativo com a Guerra na Ucrânia, segundo levantamento do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta segunda-feira (27).
A pesquisa consultou 71 empresas, sendo 22 pequenas, 26 médias e 23 grandes do segmento de indústria em geral; além de 20 empresas da construção civil, sendo sete pequenas, dez médias e três grandes.
Segundo o levantamento, 29,6% dos empresários relataram não perceber mudanças, e 25,5% não souberam ou preferiram não responder. A pesquisa mostra que dentre os empresários que apontaram mudanças negativas, os principais motivos para tal percepção foram:
Aumento de preços de insumos ou matérias-primas: 79,4%;
Aumento do custo de energia (diesel, óleo combustível, gás, carvão, etc.): 66,8%;
Dificuldade logística: 31,1%;
Aumento da dificuldade em conseguir insumos ou matérias-primas: 28,1%;
Aumento da taxa de juros: 27,2%;
Comportamento desfavorável da taxa de câmbio: 16,3%
Nenhuma das opções acima: 2,1%
Em relação ao impacto da guerra nas operações das empresas nos próximos seis meses, o empresário do Ceará acredita que os efeitos serão menos intensos que o percebido no início do conflito.
Cerca de 58,9% das empresas esperam algum impacto, das quais 28,2% acreditam que será de forma menos intensa; 23,1% esperam a mesma intensidade e 7,7% acreditam que os impactos serão mais intensos. Já 19,1% dos empresários consideram que não irá afetar as operações da empresa.
No primeiro trimestre de 2022, de acordo com a pesquisa, a pandemia seguiu como o obstáculo mais recorrente do setor cearense. Cerca de 71,3% dos industriais revelaram que o aumento de custos de insumos e matéria-prima produzida no país foi superior às expectativas no primeiro trimestre.