Os pais souberam do assédio após um episódio onde o filho mais novo precisou utilizar o banheiro do bar. O adolescente foi ao colégio, no dia 22 de junho, mas não pôde entrar porque a instituição estava realizando Jogos Interclasses, e só alunos que participariam das atividades esportivas puderam entrar na escola. Com isto, o adolescente foi ao bar que fica na frente do colégio para usar o banheiro.
O depoimento registrado em boletim de ocorrência foi prestado pela mãe, que informou que o dono do bar abordou o adolescente de 13 anos no banheiro, empurrou a porta e mandou que ele baixasse as calças. Contudo, o adolescente conseguiu fugir correndo.
A Polícia Civil disse que investiga um caso de tentativa de estupro de vulnerável contra um adolescente de 13 anos no Montese. De acordo com o boletim de ocorrência, ao tomar conhecimento do caso, a mãe da vítima de 13 anos foi informada pelo outro filho, de 17 anos, que o suspeito já o teria importunado sexualmente em uma outra ocasião.
“Foi muito chocante ficar sabendo de tudo isso. Eu e minha esposa estávamos finalizando um trabalho quando os meus filhos chegaram contando a situação. Foi um baque e mexeu muito com todos nós", disse o pai das vítimas.
Após o relato do irmão, o outro filho, de 17 anos, também contou que teria sofrido assédios verbais do mesmo homem. A outra vítima relatou aos pais (que passaram às autoridades) que o dono do bar dizia “ei menino bonito, vem aqui” quando o adolescente passava na frente do estabelecimento. Com os relatos, a mãe decidiu procurar a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente.
O pai disse que os filhos seguem indo para a mesma escola, inclusive o pedido de continuar foi feito pelo adolescente que foi assediado no banheiro; e que os filhos vão começar o acompanhamento psicológico.
“A gente está tentando lidar da melhor forma possível. A gente conversa com nossos filhos, pergunta como estão, o que estão sentindo. Eles estão bem abalados. Depois disso, meu filho ficou bastante fechado e assustado. Por exemplo, se chegar por trás dele para dar um abraço, ele se assusta”, relatou o homem.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará informou que a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca) é a unidade responsável por conduzir as investigações.
G1 CE