“A gente vai testar inicialmente em determinados grupos da Polícia Militar e depois a gente vai avaliar, fazer estudos da questão da própria ampliação para outras forças”, explicou o secretário Samuel Elânio.
Apesar do apoio geral, especialistas ressaltam a importância de analisar o modelo das câmeras corporais para evitar interferências no trabalho dos agentes de segurança. O presidente da Associação dos Praças, por exemplo, destaca a necessidade de definir a modalidade das câmeras e o seu estilo de uso.
“Nós temos que fazer uma avaliação de qual vai ser a modalidade dessas câmeras, como é que vai ser o estilo. Temos alguns parâmetros, como o de São Paulo e Minas Gerais, em que houve críticas no passado. As câmeras eram ligadas e filmavam 24 horas, o que impedia a intimidade dos policiais militares. Às vezes, eles não podiam ir ao banheiro ou ter uma conversa mais íntima com a família enquanto estavam de serviço”, ponderou o presidente da associação.
Dados da Fundação Getúlio Vargas apontam que nos primeiros quatorze meses do uso das câmeras corporais em São Paulo, foram evitadas 104 mortes. A expectativa é que os resultados no Ceará sejam ainda melhores com a implementação do equipamento.
A decisão de adotar as câmeras corporais na Polícia Militar visa garantir a transparência e aprimorar a segurança tanto dos policiais quanto da população, permitindo uma análise mais precisa das ações policiais e contribuindo para a prevenção de abusos e o aprimoramento das técnicas de intervenção policial.
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