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Juízo particular e juízo final, para buscar a verdadeira conversão

Confira a coluna do padre Reginaldo Manzotti

19/10/2023 às 09h40
Por: Thiago Rodrigues
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Foto: Divulgação/Washington Possato
Foto: Divulgação/Washington Possato

Filhos e filhas,

A Palavra de Deus é realmente um tesouro da nossa fé, Ela é viva e sempre nos surpreende. Tema esse provocado pela leitura orante da Palavra de Deus, Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses.

6 Deus fará o que é justo: vai mandar tribulações para aqueles que os oprimem, 7 e a vocês, que são agora oprimidos, como também a nós, ele dará descanso, quando o Senhor Jesus se manifestar. Ele virá do céu com seus anjos poderosos, 8 em meio a uma chama ardente. Virá para vingar-se daqueles que não conhecem a Deus e não obedecem ao Evangelho do Senhor Jesus. 9 O castigo deles será a ruína eterna, longe da face do Senhor e longe do esplendor da sua majestade. 10 Nesse dia, o Senhor virá para ser glorificado na pessoa de seus santos e para ser admirado em todos aqueles que acreditaram. (2Ts 1,6-10)

Às vezes não gostamos muito de pensar que esse mundo terá um fim, e que haverá um julgamento final. Mas, na Sagrada Escritura, não podemos escolher somente as partes que gostamos, tudo faz parte do processo de salvação, inclusive a consumação dos tempos. Mas não é porque não nos agrada que não existe. Você pode até me perguntar: Padre, existe juízo final? E eu responderei, sim, existe!

O fato de Jesus estar demorando para voltar, já se passaram dois mil anos, não significa de que não irá cumprir a promessa (cf. Mt 24, 36-50), haverá simum Juízo final. E para aqueles que acreditam que este acontece na hora da morte, eu digo, esta é apenas “metade da verdade”. Na hora que nós morremos, nós temos o chamado juízo particular e depois haverá o juízo universal. Nós rezamos no creio “Ele virá a julgar os vivos e os mortos”.

Todos aqueles que faleceram, já passaram pelo juízo particular. O próprio Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “A morte põe fim à vida do homem como tempo aberto ao acolhimento ou à recusa da graça divina manifestada em Cristo. (...) Cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular que coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja por meio de uma purificação, seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de imediato para sempre. No entardecer de nossa vida, seremos julgados sobre o amor” (CIC 1021-1022).

Então na hora da nossa morte, ficaremos frente a frente com a Verdade, saberemos de tudo, até as oportunidades perdidas. Hoje nós não sabemos como é, mas na hora da morte nós teremos consciência de todos os pecados, de tudo que deixamos de fazer, como nos diz a Escritura: “ Não há nada de escondido que não venha a ser revelado, e não há nada de oculto que não venha a ser conhecido” (Lc 12,2). Nessa hora brotará em nosso coração um grande arrependimento e seremos julgados sobre o amor.

Sobre o Juízo Final, o Catecismo nos fala que acontecerá por ocasião da volta gloriosa de Cristo. Só o Pai conhece a hora e o dia desse Juízo, só Ele decide de seu advento. Por meio de seu Filho, Jesus Cristo, Ele pronunciará então sua palavra definitiva sobre a história. Conheceremos então o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua providência terá conduzido tudo para seu fim último. O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte (Ct 8,6).

Espero que esse pequeno esclarecimento nos ajude a buscar sempre a verdadeira conversão. Eu creio que pelas Santas Chagas de Jesus, fomos curados e muitas conversões irão acontecer.

Por isso peço orações pelos frutos do evento XVI Evangelizar Fortaleza. Que realmente seja de muita graça e bênção para que cada vez mais pessoas conheçam e amem Jesus Cristo.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

Padre Reginaldo Manzotti
Sobre o blog/coluna
Padre Reginaldo Manzotti é sacerdote, escritor, músico, compositor, cantor, apresentador de rádio e TV e presidente da Associação Evangelizar é Preciso.
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