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Casal que mantinha 93 aves silvestres em sítio é multado em R$ 360 mil

As aves estavam estressadas, sem água e comida, amontoadas em caixas; quatro delas faleceram

Raflézia Sousa
Por: Raflézia Sousa
06/11/2023 às 14h30
Casal que mantinha 93 aves silvestres em sítio é multado em R$ 360 mil
Divulgação/Polícia Militar Ambiental

No domingo (5/11), a Polícia Militar Ambiental conduziu o resgate de 93 aves silvestres mantidas em cativeiro em um sítio no município de Teodoro Sampaio, no interior de São Paulo. Outras quatro aves foram encontradas sem vida. O casal responsável pelos animais recebeu uma multa de R$ 365 mil.

Segundo o Metrópoles, o resgate foi desencadeado por uma denúncia anônima que alertou as autoridades sobre a situação. Ao chegar ao sítio no bairro Água Sumida, os agentes encontraram um casal, um homem de 46 anos e sua esposa de 45, que alegaram desconhecer a presença das aves silvestres em sua propriedade. Mesmo assim, concordaram em permitir uma inspeção.

Os policiais ambientais ouviram o canto das aves nos fundos da propriedade e, nesse momento, o proprietário fugiu em direção a um matagal, e até o momento da publicação desta reportagem, ele não havia sido localizado.

As aves estavam confinadas em caixas de papelão e plástico no local de onde provinham os sons. Os animais, todos jovens, estavam em estado de grande estresse, desprovidos de água e comida, amontoados uns sobre os outros. A área onde estavam alojados carecia de luz natural, condições adequadas de higiene e ventilação.

O resgate totalizou 86 aves da espécie papagaio-verdadeiro, quatro tucanos-toco, duas araras-canindé e uma arara-vermelha. Além disso, quatro aves foram encontradas sem vida, incluindo três papagaios-verdadeiros e um tucano-toco.

O casal que detinha as aves foi autuado em R$ 303 mil por crueldade contra animais e R$ 62 mil por manter espécimes da fauna silvestre em cativeiro sem a devida licença. A ocorrência foi encaminhada à Polícia Civil para que ambos respondam criminalmente pelos atos.

As aves resgatadas foram entregues à Associação Protetora dos Animais Silvestres (APASS) de Assis, onde receberão cuidados veterinários. Uma vez recuperadas, serão devolvidas ao seu habitat natural.