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Homem que alegou possessão ao matar sua esposa é condenado a 33 anos

Ele ocultou o corpo de Diana Pitaguary na própria residência; o crime ocorreu em 2017.

Raflézia Sousa
Por: Raflézia Sousa
07/11/2023 às 17h04 Atualizada em 07/11/2023 às 17h10
Homem que alegou possessão ao matar sua esposa é condenado a 33 anos
Reprodução/TV Verdes Mares

Nesta segunda-feira (6), em Pacatuba, na Grande Fortaleza, um homem que afirmou ter assassinado a esposa indígena por estar "possuído" foi sentenciado a 33 anos de prisão. O julgamento ocorreu no Salão do Júri do Fórum Desembargador Raimundo Catunda e refere-se a um crime cometido em agosto de 2017.

Segundo o g1, Lucas Matias de Lima, de 35 anos, foi levado a júri popular por homicídio triplamente qualificado: por feminicídio, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, bem como por ocultação de cadáver. Na época do crime, ao ser detido na casa de parentes, ele se identificou como um líder religioso e afirmou que cometeu o assassinato sob a influência de uma "entidade".

De acordo com a Delegacia de Defesa da Mulher de Pacatuba, Rosiane Dantas da Silva, conhecida como Diana Pitaguary, foi morta pelo companheiro e enterrada no quintal de sua residência. Na casa, as autoridades apreenderam uma panela, um pedaço de pau e uma pá, todos com vestígios de sangue.

A mãe da vítima, Francisca Dantas, relatou: "Eles brigavam muito. Ele derrubava as coisas dela. Ela não conseguia ter nada porque ele quebrava. E eu dizia: 'Para você ficar assim é melhor se separar. Ele ir um para o lado e você para outro. Isso só termina em tragédia'. Ela não me escutou. Uma semana antes eu alertei ela. Numa sexta-feira e quando foi domingo foi quando ele tinha matado ela".

Em seu depoimento, Lucas afirmou que Diana havia saído de casa, dizendo que iria visitar um ex-namorado, e não retornou. As investigações policiais concluíram que se tratava de um caso de feminicídio.