Moradores de Copacabana dizem ter chegado ao limite e deram início a uma ação coordenada para “caçar” assaltantes que aterrorizam o bairro. O grupo é composto essencialmente por lutadores, sobretudo de Jiu-Jítsu, mas conta também com o apoio de não adeptos de artes marciais. Agora, a imagem que circula entre moradores do bairro é a de um suposto ladrão que teria sido pego por populares após roubar um celular.
Um dos “justiceiros” pisa sobre as costas e a nuca do jovem, detido de bruços no chão, enquanto o interroga: “Olha para a minha cara. Tu é da onde?”. “Sou do Arará”, responde o suposto assaltante, referindo-se a uma favela de Benfica, na zona norte da cidade.
“Vai roubar trabalhador, filho da p#t@”, continua o “justiceiro”. “Eu não tô roubando”, retruca o jovem, chorando. “Não tá roubando é o c@r@lh0. Tu pegou o celular do cara, rapá! Cadê os canas [policia]?”, finaliza o homem, à espera da chegada da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
A gota d´água para o movimento de “justiceiros” ganhar corpo foi o espancamento de um idoso de 67 anos que tentou ajudar uma mulher que sofria um assalto. A Polícia Civil do Rio diz investigar tanto os diferentes grupos de ladrões que aterrorizam Copacabana quanto os populares que iniciaram uma “caça” aos bandidos.