Na madrugada desta segunda-feira (19), cerca de 150 famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a fazenda São Pedro Pelado, no município de Tamboril, Ceará. As famílias, vindas de comunidades rurais de Tamboril, Monsenhor Tabosa e da sede de Tamboril, reivindicam a desapropriação da área para fins de reforma agrária.
A Fazenda São Pedro Pelado, de propriedade de Pedro de Augusto Timbó, já foi ocupada pelo MST em outras ocasiões. Segundo o movimento, a propriedade se encontra em situação de improdutividade, caracterizada pela falta de exploração agrícola e pela presença de áreas degradadas.
Em vistoria realizada no local, a INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) constatou a improdutividade da fazenda. O órgão federal agora deve analisar o caso e decidir sobre a desapropriação da área para fins de reforma agrária.
O MST reivindica a desapropriação de diversas fazendas improdutivas nos municípios de Tamboril e Monsenhor Tabosa. O movimento argumenta que a reforma agrária é fundamental para garantir o acesso à terra, promover o desenvolvimento rural e combater a pobreza no campo.
Em nota oficial, o MST afirma que a ocupação da fazenda São Pedro Pelado é um ato de luta pela terra e pela justiça social. O movimento destaca que as famílias acampadas no local estão dispostas a negociar com o governo federal uma solução para o problema da falta de terra na região.
A ocupação da fazenda São Pedro Pelado reacende o debate sobre a reforma agrária no Brasil. O tema é complexo e envolve diversos interesses, mas é fundamental que a sociedade brasileira encontre soluções para garantir o acesso à terra e o desenvolvimento rural sustentável.