Uma mulher de 21 anos foi presa nesta sexta-feira (26), em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), sob a acusação de envolvimento na fuga dos ex-fugitivos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 14 de fevereiro deste ano. Os fugitivos foram recapturados pelas forças de segurança em Marabá, Pará, em 4 de abril, e já retornaram à penitenciária de segurança máxima de onde escaparam.

A prisão foi realizada pela Polícia Federal, após determinação do Ministério Público do Ceará (MPCE), que requereu a detenção preventiva da suspeita, identificada como Raíssa Forte de Brito. Anteriormente, o Tribunal de Justiça do Estado (TJCE) havia concedido liberdade provisória à investigada.

Conforme a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Ceará (Ficco), este desdobramento representa mais uma etapa das investigações iniciadas em 22 de fevereiro, quando a corporação apreendeu 24 kg de maconha, uma pistola e munições em uma residência no mesmo município. Durante as diligências, baseadas nos itens confiscados, a participação ativa da mulher no grupo criminoso de origem carioca foi confirmada. O mandado de prisão foi emitido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.

Conforme o inquérito conduzido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi revelado que Deibson e Rogério contaram com uma rede de apoio no Ceará, proporcionada pela facção criminosa de origem carioca à qual estão vinculados, facilitando sua fuga para outro estado. Desde então, as autoridades passaram a monitorar a residência do líder do grupo criminoso, onde Raíssa foi encontrada, na posse de mais de 24 quilos de maconha do tipo “skunk”, armamento importado, munições, balança de precisão e outros objetos relacionados ao tráfico de drogas.

Após a prisão, a mulher foi conduzida ao 4º Núcleo Regional de Custódia e Inquéritos, em Caucaia, e, embora tenha sido solta pelo juiz, medidas cautelares diversas foram aplicadas. No entanto, a Promotoria de Justiça auxiliar do núcleo regional de custódia interpôs recurso junto ao TJCE, obtendo decisão favorável à prisão preventiva.

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará – Ficco – é composta pela Polícia Federal (PF), Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), Polícia Militar do Ceará (PMCE), Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Perícia Forense do Estado do Ceará (PEFOCE) e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará (SAP).