Em 1º de maio de 1994, Ayrton Senna morreu em um acidente no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália. O brasileiro bateu na sétima volta, após passar direto pela curva Tamburello. A falta de segurança da temporada, que contou com mudanças no regulamento, era criticada pelos pilotos. Neste 1º de maio de 2024, são completados exatos 30 anos da precoce partida de um dos pilotos mais respeitados e amados no Brasil e no mundo.
Nascido na capital paulista, no bairro de Santana, Ayrton pegou gosto pela velocidade com apenas quatro anos, quando começou a correr de kart, uma brincadeira que virou coisa séria aos treze anos, ao participar de competições da modalidade. Aos 21 anos, Senna partiu para a Europa, onde, em 1981, garantiu o campeonato da Fórmula Ford 1600 no Reino Unido, vencendo 12 das 20 corridas. Depois, ele conquistou o título da Fórmula 3 inglesa, que, na época, era o último degrau antes da Fórmula 1.
Quando tinha apenas 24 anos, Senna deu início à sua jornada na Fórmula 1. Ao longo de uma década, ele conquistou 41 vitórias e três títulos mundiais-em 1988, 1990 e 1991 -, todos pela equipe McLaren, estabelecendo-se como um dos maiores pilotos da F1.
Bandeira tremulante virou símbolo de Senna
A imagem que muitos brasileiros tem até hoje é a de Senna com uma bandeira tremulante do Brasil em suas mãos, símbolo que marcou presença no topo do pódio em um período sociopolítico e economicamente conturbado para o país.
Esse ato começou com a vitória de Ayrton no GP de Detroit em 1986, nos Estados Unidos. Na ocasião, a seleção brasileira de futebol masculino havia acabado de ser eliminada pela França durante as quartas de final da Copa do Mundo do México.
No dia 1° de maio de 1994, Senna dirigia a 300 quilômetros por hora na sétima volta do percurso quando perdeu o controle do carro na curva Tamburello e se chocou violentamente contra um muro da pista.
O impacto da batida quebrou a barra de suspensão de seu carro e a peça atravessou o capacete de brasileiro, atingido-o na testa. Momentos depois, o piloto foi atendido ainda na pista e levado de helicóptero até o Hospital Maggiore de Bolonha, onde teve sua morte confirmada às 13h40, no horário de Brasília.
O tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna da Silva foi declarado Patrono do Esporte Brasileiro através da Lei 14.559/2023, sancionada pelo vice-presidente e presidente em exercício, Geraldo Alckmin. A informação foi publicada na edição desta quarta-feira (26) do Diário Oficial da União.
A homenagem é fruto do PL 2.793/2019, proposto pelo deputado Filipe Barros (PL-PR). Para justificar a concessão do título ao piloto, o parlamentar destacou a atuação esportiva de Senna e sua representatividade para o esporte brasileiro.