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Suspeita de matar namorado com brigadeiro envenenado detalha o que fez para corpo não exalar cheiro

O laudo aponta que o corpo de Luiz Marcelo estava em avançado estado de decomposição e que a morte aconteceu entre três e seis dias antes de ser encontrado.

Raflézia Sousa
Por: Raflézia Sousa Fonte: G1
30/05/2024 às 13h55
Suspeita de matar namorado com brigadeiro envenenado detalha o que fez para corpo não exalar cheiro
Reprodução

A cigana Suyany Breschak, que segundo a polícia ajudou foragida Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, a planejar a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, contou, em depoimento, como ficou sabendo do crime. Segundo ela, Júlia ligou e disse que o empresário estava morto e precisou usar lençóis e cobertores para enrolar o corpo do namorado, e ainda ligou ventiladores para minimizar o cheiro que estava no apartamento.

De acordo com a cigana, um dia após o crime, Júlia ligou um ventilador na direção do sofá onde o corpo estava pois "estava fedendo demais". A namorada do empresário chegou a lavar o apartamento com água sanitária, pois até urubu estava aparecendo na janela. A cigana, que atuava como mentora espiritual de Júlia, disse que realizava trabalhos de limpeza para que familiares e os namorados não descobrissem que ela era garota de programa. Ainda segundo Suyany, ao longo dos anos Júlia teria contraído uma dívida de R$600 mil.

De acordo com o depoimento, Júlia teria admitido que colocou 50 comprimidos de um remédio para dor moídos em um brigadeirão e dado para o empresário comer. Ela consumiu o doce, mas em um outro prato que estava sem a substância. Suyany disse que o casal se conhecia havia cerca de 10 anos e que Luiz já sabia que a jovem era garota de programa, pois foi assim que a conheceu na internet.

Ela disse que a foragida teria ligado e explicado como o empresário morreu: "Luís Marcelo começou a respirar de maneira ofegante, fez um barulho alto e, do nada, parou", reproduziu Suyany.

O laudo aponta que o corpo de Luiz Marcelo estava em avançado estado de decomposição e que a morte aconteceu entre três e seis dias antes de ser encontrado. A necropsia não determina a causa da morte.

O perito identificou pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo. Segundo a investigação, Luiz Marcelo comeu um brigadeirão envenenado que, provavelmente, estava no prato que ele segurava no elevador. O homem foi encontrado morto dentro do apartamento dele no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, no dia 20 de maio.