O município de Itatira registrou um abalo sísmico de 2.6 graus na escala m.R, desenvolvida especialmente para abalos sísmicos ocorridos no Brasil. A vibração ocorreu a aproximadamente 15 km do distrito de Lagoa do Mato.
O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Eduardo Menezes, explicou que o fenômeno é comum em algumas regiões do Nordeste, no entanto, o município de Itatira ainda não havia registrado nenhum tremor “nessa ordem de grandeza ou menor”.
“Esse tremor específico, em Itatira, é considerado um tremor pequeno, de baixa intensidade, mesmo sentido pela população. Se a gente pegar na tabela de gráfico de tamanho de magnitude ele é um evento bem pequeno, mas não deixa de ser observado pela população”, esclarece.
Apesar de não haver riscos, a Defesa Civil de Itatira realizou, por volta das 15 horas desta segunda, uma vistoria no local a fim de saber se o abalo resultou em danos aos moradores da localidade. O Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis-UFRN) ficou a cargo do registro do tremor.
“Eu estava no meu serviço fazendo o almoço e de repente o chão estremeceu e algumas coisas saíram do lugar. Pensei que o mundo ia cair numa banda, foi um balanço de terra que só Deus sabe”, relata Elizângela Nascimento, moradora do distrito de Lagoa do Mato, em Itatira.
“Foi um susto tão grande que eu não sei dizer se foi questão de minutos ou segundos, eu andei sem querer. Depois saí pra ver se não tinha sido alguma coisa, tipo o portão da garagem caindo ou algum ferro, mas não. Pouco depois começaram a falar que tinha sido um tremor de terra”, complementa Elizângela.
Dados do Labsis-UFRN mostraram que, nos primeiros seis meses deste ano, 21 casos de abalos sísmicos foram registrados pela unidade. O número sinaliza uma redução de 40% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 35 casos nesta categoria.