A Justiça da Espanha declarou o lateral-direito Hugo Mallo, ex-Internacional, culpado por assédio sexual contra a mascote do Espanyol-ESP em 2019, quando ainda jogava pelo Celta de Vigo. O atleta foi condenado a pagar uma multa total de 6 mil euros, mais de R$ 37 mil na cotação atual, sendo mil euro – R$ 6,2 mil – de indenização por danos morais. Mallo também pagará os custos do processo.
A vítima, que estava trabalhando como a mascote feminina do Espanyol – que também conta com o mascote masculino –, afirma que foi apalpada pelo lateral espanhol antes da partida iniciar, no momento em que as equipes se cumprimentam e seguem para o seu lado do campo.
Segundo a mascote, o jogador passou perto dela, colocou as mãos por dentro da fantasia e tocou em seus seios. A vítima registrou a denúncia no dia 25 de abril de 2019, um dia após o ocorrido.]
O atleta foi intimado no dia 10 de julho do mesmo ano da denúncia e negou ter cometido o ato, afirmando que cumprimentou todos normalmente e que desconhecia o gênero dos mascotes. Mallo também declarou que estava totalmente focado na partida.
O caso havia sido provisoriamente arquivado, mas a defesa da vítima recorreu e o Tribunal Provincial de Barcelona ordenou a reabertura do caso em 2021. O juiz do caso, Salvador Roig Tejedor, do Juizado Penal número 19 de Barcelona, afirmou que o jogador de 33 anos teve a “intenção de satisfazer seu espírito libidinoso e de prejudicar a identidade sexual da vítima” ao cometer ao assédio.
“O acusado, com a intenção de satisfazer seu espírito libidinoso e de prejudicar a identidade sexual da vítima, enfiou as mãos por baixo do traje e a tocou nos seios - condenou o juiz em sua decisão.
O lateral espanhol atuou no futebol brasileiro defendendo as cores do Internacional entre agosto de 2023 e julho de 2024, data em que se transferiu para o Aris Saloniki, da Grécia.
Por meio de suas redes sociais, Hugo Mallo voltou a negar veementemente a acusação e comunicou “total desacordo com a argumentação” da sentença. O lateral afirmou que buscará recurso adequado na Audiência Provincial de Barcelona.
“Comunico que esgotarei todas as instâncias necessárias para defender a minha inocência em relação a alguns feitos sobre os quais nego absolutamente qualquer autoria”, afirmou Mallo.
O jogador salientou que a sentença reafirmou o tom “firme e ausente de qualquer contradição” na declaração dada pelo lateral em sua defesa. Hugo também reconhece que, ao se virar e dirigir-se ao centro do campo, a sua mão pode ter tocado na cintura da mascote, mas volta a afirmar que não houve o toque nos seios da vítima.