Um homem suspeito de estuprar a própria enteada de 7 anos de idade foi preso pela polícia na zona rural do município de Cascavel, no Ceará, após quatro anos foragido da Justiça. Conforme as investigações, ele abusou da menina por quase quatro anos, até ela chegar aos 10 anos de idade.
A polícia aponta que desde 2020 ele é procurado e vinha se mudando para diferentes localidades sempre que as forças de segurança se aproximavam do rastro dele. O homem também passou a se instalar sempre em regiões rurais dos municípios. Não usava celular e não tinha conta bancária, em uma tentativa de despistar a polícia.
Um dos municípios para onde ele se mudou é Cascavel, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O homem foi descoberto pelas forças de segurança, que identificaram que ele tinha um mandado de prisão em aberto.
O sujeito morava em uma casa numa região de mata. Ao perceber que a polícia já estava se aproximando, no entanto, ele chegou a se mudar para outra região, no mesmo município: a localidade de Moita Redonda. Por lá, ele procurou abrigo em uma comunidade religiosa, infiltrando-se sem dizer que era procurado pela Justiça ou comunicar o crime que havia cometido.
O crime
O crime começou em 2016. Na ocasião, ele conheceu uma mulher que tinha uma filha de sete anos de idade. A mulher ia trabalhar, deixava o indivíduo em casa com a criança e ele aproveitava para abusar sexualmente da criança.
Quando a criança completou 10 anos, conseguiu reunir coragem para relatar o ocorrido à mãe. A mulher questionou o companheiro, o homem negou e a mãe preferiu acreditar na filha. Levou a criança à polícia, denunciou o caso e, em seguida, o suspeito fugiu, não tendo mais sido visto pela família desde então.
A captura aconteceu no último domingo (27), quando ocorriam as votações do segundo turno das eleições. A lei determina que ninguém pode ser preso nesse período, a não ser que se trate de uma prisão em flagrante – e esse não era o caso do homem em questão. A captura só pôde ser feita, nesse contexto, porque o título de eleitor do indivíduo era de um município em que não estava acontecendo votação para o segundo turno, de modo que a proibição não incidia sobre esse caso específico.