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Caso Hermerson Nobre: Após 12 anos, réu é preso e condenado por homicídio em Ipu

A sentença também incluiu condenações por tentativa de homicídio contra outro jovem

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues Fonte: Ipu Notícias
08/12/2024 às 11h04
Caso Hermerson Nobre: Após 12 anos, réu é preso e condenado por homicídio em Ipu
Vítima - Foto: Reprodução

Francisco Odenísio Pinto Lopes, de 36 anos, foi condenado a 13 anos de reclusão e 10 dias, em regime inicial fechado, pelo assassinato do jovem Francisco Hermerson Paulo Nobre, de 16 anos, ocorrido em 24 de novembro de 2012, em uma seresta no bairro Escondido, em Ipu (CE). A sentença também incluiu condenações por tentativa de homicídio contra outro jovem, João Victor, e por posse ilegal de arma de fogo.

A prisão de Odenísio foi efetuada nesta sexta-feira (6), por policiais do RAIO, após o trânsito em julgado da decisão do Tribunal de Justiça, que manteve a sentença proferida em setembro de 2022 pelo júri de Ipu. Não cabem mais recursos.

De acordo com os autos, no dia do crime, Francisco Hermerson estava acompanhado de três amigos quando o réu chegou ao local portando um revólver. Odenísio teria retirado algumas balas do tambor da arma e entregue aos jovens, ficando com outras duas. Em seguida, começou a apontar a arma para os presentes. Durante a ação, a arma disparou e atingiu Hermerson, que tentou fugir, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu em Sobral, após procedimentos médicos.

Além disso, o disparo colocou em risco outro jovem configurando tentativa de homicídio. Na época o Ministério Público sustentou que o réu agiu com dolo eventual, ou seja, assumiu o risco de causar a morte, ainda que não tivesse a intenção direta de matar.

A decisão do tribunal reforça o entendimento de que o comportamento de Odenísio foi negligente e indiferente às consequências fatais de seus atos. O julgamento realizado em 2022 determinou a pena de reclusão pelos crimes de homicídio simples (Art. 121 do Código Penal), tentativa de homicídio e posse ilegal de arma de fogo. Após o trânsito em julgado, a prisão foi cumprida, encerrando mais de uma década de espera por justiça.

O caso gerou grande comoção na época, especialmente por se tratar de um jovem de 16 anos, filho do maestro Jorge Nobre e Leila. A condenação, mesmo após 12 anos, é vista como uma resposta tardia, mas necessária para a sociedade e os familiares da vítima.