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Avião explode na Coreia do Sul: o que se sabe sobre o acidente?

Colisão deixou pelo menos 177 mortos e teria sido causada por falha no trem de pouso; autoridades locais estão reunidas na região do aeroporto para respostas rápidas

Josyvânia Monteiro
Por: Josyvânia Monteiro Fonte: O Povo
29/12/2024 às 14h30
Avião explode na Coreia do Sul: o que se sabe sobre o acidente?
Foto: Reprodução / Agência Yonhap

A explosão de um Boeing 737-800 matou pelo menos 179 pessoas no aeroporto de Muan, na Coreia do Sul, durante a manhã deste domingo, 29, (sábado à noite no horário de Brasília). A causa do acidente ainda não oficializada, mas conforme informações da agência de notícias sul coreana Yonhap, o investigações preliminares apontam para uma falha no trem de pouso como razão do acidente.

Ao todo, 179 mortes foram confirmadas pelas autoridades coreanas vítimas do acidente. Duas pessoas foram resgatadas com vida e encaminhadas para hospitais da região de Makpo. Sem ferimentos letais, ambos foram encaminhados para unidades de saúde na capital, Seul.

Duas pessoas seguiram desaparecidas nos destroços até as últimas horas, mas tiveram a morte confirmada por autoridades. Profissionais envolvidos no resgate têm relatado dificuldade no reconhecimento das vítimas devido à gravidade do acidente.

No momento do impacto, toda a aeronave pegou fogo e pessoas a bordo foram arremessadas pelo lado de fora. "A aeronave foi quase completamente destruída, e é difícil identificar os mortos", disse um oficial da agência de combate a incêndio. "Estamos no processo de recuperação dos restos mortais, o que levará tempo."

As autoridades ainda não concluíram de forma oficial a investigação sobre a causa do acidente. Entretanto, informações preliminares indicam que a tragédia pode ter sido causada por uma falha no trem de pouso da aeronave, que não funcionou durante a aterrissagem.

Seis minutos antes da explosão, uma torre de controle do aeroporto identificou uma colisão do avião com pássaros, o que teria danificado o equipamento, fazendo com que ele não concluísse o procedimento de acionamento. Sem a ferramenta, o avião derrapou pela pista e colidiu com um muro de concreto.

Após o acidente, secretários do governo coreano se reuniram com o gabinete presidencial e decretaram sistema de emergência para as 24 horas seguintes ao acidente. A medida tem como objetivo acelerar as respostas à tragédia.

O presidente em exercício, Choi Sang-mok, também se dirigiu até o local para orientar as autoridades regionais, bem como ofereceu toda ajuda governamental para as famílias dos mortos. 

Em pedido de desculpas emitido após a divulgação das mortes, o CEO da Jeju Air, Kim E-bae, expressou condolências aos familiares e prometeu prestar o apoio necessário aos enlutados. "Independentemente da causa, assumo total responsabilidade como CEO", afirmou Kim.

O representante da companhia também citou que a Jeju Air dispões de um plano de seguro no valor de US$ 1 bilhão, que poderá ser usado no auxílio às famílias.

Após a divulgação do acidente, familiares e entes queridos das 181 pessoas que estavam no avião se dirigiram até o aeroporto de Muan para tentar obter informações acerca da tragédia. Entretanto, conforme relatado pela Yonhap, os parentes relataram dificuldades para a obtenção de atualizações sobre o andamento do resgate.

O acidente tem sido tratado como uma das maiores tragédias da história do país pelo governo vigente da Coreia do Sul. O presidente em exercício, Choi Sang-mok, declarou luto nacional de sete dias, a começar deste domingo.