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Paciente em surto é morto pela PM após fazer funcionária refém em hospital

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que o homem segurava a técnica de enfermagem enquanto os policiais tentavam negociar sua rendição

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues Fonte: O POVO
19/01/2025 às 23h19
Paciente em surto é morto pela PM após fazer funcionária refém em hospital
Foto: Reprodução

Um homem de 59 anos, identificado como Luiz Cláudio Dias, morreu na noite de sábado, 18, após ser baleado por um policial militar dentro da UTI do Hospital Municipal de Morrinhos, localizado no sul de Goiás. Segundo informações divulgadas pela Polícia Militar (PM), o paciente ameaçava uma técnica de enfermagem com um pedaço de vidro e a mantinha refém no local.

De acordo com a PM, policiais foram acionados para conter o paciente, que estaria em surto psicótico.  A corporação afirma que protocolos de gerenciamento de crise foram adotados na tentativa de liberar a profissional de saúde, mas, diante da continuidade das ameaças, um disparo foi efetuado para conter a agressão.

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Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que o homem segurava a técnica de enfermagem enquanto os policiais tentavam negociar sua rendição. No vídeo, é possível ver a vítima afastando o objeto cortante antes de o disparo ser realizado. O homem chegou a receber atendimento médico no próprio hospital, mas não resistiu aos ferimentos. 

O filho de Luiz Cláudio, o dentista Luiz Henrique Dias, usou as redes sociais para expressar sua indignação com a morte de seu pai. Ele relatou que Luiz Cláudio enfrentava uma série de problemas de saúde, incluindo insuficiência renal crônica, que o obrigava a realizar hemodiálise por 24 anos, além de diabetes tipo 1 e perda de visão, já que enxergava com apenas um olho.

A técnica de enfermagem que foi feita refém por Luiz Cláudio durante seu surto não ficou ferida. A família de Luiz Cláudio se solidarizou com a profissional em uma nota, lamentando o sofrimento vivido por ela e destacando que nenhum trabalhador deveria ser colocado em situações que colocassem sua segurança em risco.

A PM de Goiás afirmou que "diante do risco iminente à vítima, foi necessário realizar um disparo de arma de fogo para neutralizar a agressão e garantir a integridade física da refém". Segundo os policiais, mesmo após ser imobilizado e alvejado, Luiz Cláudio teria continuado resistindo, o que levou à intervenção dos demais agentes.