Imagine ser preso 3 vezes por crimes que não cometeu. Essa é a realidade de Jones, um homem que vive no Ceará e enfrenta constrangimentos constantes por ser confundido com um criminoso que usa sua identidade.
O erro de identidade teve início há alguns anos, quando um traficante utilizou os documentos de Jones para cometer um crime envolvendo o transporte de meia tonelada de maconha. Desde então, Jones vem sendo detido repetidamente. O caso mais recente foi um latrocínio, um crime ainda mais grave, em que novamente seu nome foi utilizado.
A diferença entre Jones e o verdadeiro criminoso está nos nomes dos pais e na naturalidade, mas, segundo ele, as autoridades não levam essas informações em consideração durante as abordagens. “Eu tento explicar tudo, mas mesmo assim sou levado para a delegacia e acabam me prendendo”, relatou em entrevista à TV Cidade.
Na prisão mais recente, Jones permaneceu detido por 26 dias, o que lhe causou sérios problemas de saúde. Ele é paciente transplantado e precisa tomar medicação regularmente para evitar a rejeição do órgão. Durante sua detenção, passou até três dias sem os remédios necessários, colocando sua vida em risco.
A liberação de Jones ocorreu por meio de relatórios médicos apresentados por sua médica, que comprovaram sua inocência. No entanto, para evitar novas prisões, suas digitais foram verificadas antes da soltura. Ainda assim, ele teme que o problema se repita.
O verdadeiro criminoso, que se passa por Jones, possui diversos mandados de prisão em aberto e uma condenação. Com isso, Jones segue sendo alvo frequente de abordagens policiais. Agora, ele busca a Defensoria Pública para tentar resolver a situação e impedir que seja injustamente preso novamente.