Os torcedores presos após entrarem em confronto com rivais na Avenida Osório de Paiva, antes do jogo entre os times do Ceará e Fortaleza, no último sábado (8), na capital cearense, marcaram o confronto pelas redes sociais, segundo o auto de prisão em flagrante (APF).
No dia do ocorrido, mais de 100 torcedores foram detidos. Destes, 82 adultos foram autuados e tiveram a prisão preventiva decretada pelos crimes de tumulto, lesão corporal, associação criminosa, resistência, desobediência e corrupção de menores.
Já contra 27 adolescentes suspeitos de participação no confronto, foram registrados autos infracionais análogos aos mesmos crimes, exceto pelo crime de corrupção de menores.
Na ocasião, também foi cumprido um mandado de prisão preventiva contra o ex-presidente da Torcida Organizada do Ceará (TOC), Jeysivan Carlos Silva dos Santos, conhecido como Jey. Ele foi capturado no Porto das Dunas, em Aquiraz, na Região Metropolitana. Além do cumprimento de mandado de prisão em aberto, Jey também foi preso em flagrante por uso de documento falso.
Conforme o documento, durante a marcação do confronto pelas redes sociais as torcidas informaram a cor da camisa que seus membros deveriam usar.
O Bonde dos Hooligans (BDH), torcida organizada do Fortaleza, foram vestidos com camisetas brancas; e os integrantes da Torcida Organizada do Ceará (TOC), com camisetas pretas.
No local do confronto, nas proximidades da Arena Castelão, onde os dois times estava jogando, os membros das organizadas se agrediram mutualmente, com pedras, pedaços de madeiras, rojões e artefatos explosivo conhecido como "cabeça de nego".
Após a chegada da Polícia Militar para conter o tumulto, os membros da TOC fugiram. Já os integrantes da torcida BDH jogaram pedras, pneus e artefatos explosivos, como rojão e “cabeça de nego”, contra a composição.
Durante o ataque contra os agentes, um tenente foi ferido no braço e precisou de atendimento médico. Momentos depois a polícia conseguiu conter o grupo.
Entre os presos estão Bruno Gonçalves de Almeida, conhecido como “Russo”, representante da BDH e lutador profissional de MMA, que possui uma tatuagem símbolo da BDH, um soco inglês. Também foi preso Ezequiel Jackson Lima Oliveira, que também possui uma tatuagem da manopla.
Outros dois presos são de Natal (Rio Grande do Norte) e Recife (Pernambuco). Com isso, a Polícia Civil investiga a ligação do que ocorreu em Fortaleza com torcidas organizadas de outros estados.