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Facção cobra até R$ 30 mil para 'autorizar' funcionamento de comércio em Fortaleza

Uma das vítimas chegou a pagar R$ 10 mil por medo das ameaças de morte.

Josyvânia Monteiro
Por: Josyvânia Monteiro Fonte: Sobral Portal de Noticias
10/04/2025 às 15h29
Facção cobra até R$ 30 mil para 'autorizar' funcionamento de comércio em Fortaleza
Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Ceará está investigando denúncias de que integrantes de uma facção criminosa estão extorquindo dinheiro de comerciantes, com cobrança de "taxas" para que as vítimas possam trabalhar no Centro de Fortaleza. A uma das vítimas foi solicitada o pagamento de R$ 30 mil.

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) tomou conhecimento do caso em 2023, a partir da denúncia de um empresário proprietário da várias lojas na região.

Nas mensagens, enviadas de números diferentes, os criminosos informavam que eram membros do Comando Vermelho e exigiam que o comerciante pagasse a quantia de R$ 30 mil. Caso contrário, as lojas dele seriam incendiadas.

A vítima também recebeu um vídeo ameaçador com um homem usando uma "balaclava" afirmando que caso o comerciante não pagasse a quantia que ele estava solicitando, iria "encher a cara do dele de bala", isso mostrando uma pistola o tempo todo.

Dias após as primeiras ameaças, um dos estabelecimentos do empresário teve a porta parcialmente incendiada. Depois desse episódio, as ameaças se intensificaram.

"Ei [...] agora vc acredita que não é golpe, isso foi só um alerta para vc mim (sic) pagar", dizia uma das mensagens.

Mesmo com medo, o empresário não efetuou o pagamento solicitado pelos criminosos e denunciou o caso a polícia.

Outro empresário, que também possuía lojas no Centro, passou a receber as ameaças no número comercial da loja, exigindo R$ 10 mil referente a uma "taxa única para trabalhar na área".

"Para você trabalhar em paz na minha área você tem que pagar uma taxa única de 10.000. Caso não pague, você não trabalha mais no Centro, porque eu não vou deixar", diz um trecho da mensagem recebida pelo empresário.

Receoso com o que poderia ocorrer, essa segunda vítima enviou a quantia para o número do Pix repassado pelo criminoso.