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Davi Ávila se manifesta após episódio no TRE, esclarece sobre arma e nega ter ameaçado o ambiente institucional

Ex-secretário pontua que todas as ações estão registradas pelas câmeras de segurança do TRE e defende que essas imagens sejam divulgadas

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
24/04/2025 às 08h54 Atualizada em 28/04/2025 às 09h44
Davi Ávila se manifesta após episódio no TRE, esclarece sobre arma e nega ter ameaçado o ambiente institucional
Foto: Divulgação

O guarda municipal de Sobral e ex-secretário de Segurança de Santa Quitéria, Davi Gomes Ávila Mendes, divulgou uma nota de esclarecimento na noite de ontem (23), após a repercussão envolvendo sua entrada nas dependências do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, em Fortaleza, no último dia 8 de abril, enquanto portava uma arma de fogo. O caso deu origem a uma investigação por parte do órgão.

Ele negou qualquer intenção de violar regras ou ameaçar a integridade do ambiente institucional, declarando que a arma é registrada desde 2021 e utilizada exclusivamente para defesa pessoal, tendo apresentado identificação funcional e o Certificado de Registro de Arma de Fogo expedido pela Polícia Federal, e que seguiu todas as orientações legais fornecidas pelos agentes de segurança do Tribunal para guarda-la em um cofre institucional, tendo permanecido assim por todo o período desarmado, de forma tranquila e discreta.

Davi pontua que todas as ações estão registradas pelas câmeras de segurança do TRE e defende que essas imagens sejam divulgadas, para esclarecer os fatos e afastar quaisquer interpretações equivocadas.

Leia na íntegra

No dia 08 de abril de 2025, acompanhei o Dr. Samuel Furtado Barroso até a cidade de Fortaleza, onde ele participaria presencialmente de uma sessão no plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará. Ao chegarmos à sede do TRE, já na recepção, porém antes mesmo do pórtico (detector de metais), identifiquei-me e, de forma espontânea, comuniquei aos responsáveis pela segurança que portava uma arma de fogo. Apresentei minha identificação funcional de Guarda Civil Municipal de Sobral, bem como o Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF), devidamente expedido pela Polícia Federal.

Inclusive, esclareço que, ao chegarmos ao Tribunal, foi sugerido pelo Dr. Samuel que eu aguardasse no carro ou no restaurante, fora do edifício. No entanto, certo de que não haveria qualquer impedimento ou irregularidade em minha conduta, e confiando no procedimento padrão de acautelamento de armamento no interior do TRE, optei por seguir até a recepção, onde me identifiquei e segui todas as orientações legais.

A arma em questão, registrada e legalizada desde 2021, foi adquirida para defesa pessoal e da minha família, em virtude da natureza da minha profissão e dos riscos diários que envolvem a atuação na segurança pública. Ao longo dos meus anos de serviço, jamais utilizei tal armamento de forma indevida, nem representei qualquer tipo de ameaça ou conduta irregular, seja no âmbito profissional, seja no convívio social.

Após apresentar a documentação exigida, fui orientado pelos próprios agentes de segurança do Tribunal sobre os procedimentos para o acautelamento da arma, sendo então acompanhado pelo Policial Judicial Lailton até o último andar, onde, sob sua supervisão, acondicionei o armamento no cofre institucional, mediante o preenchimento do formulário padrão do TRE para este tipo de expediente. Recebi a chave para controle pessoal, conforme procedimento estabelecido pelos próprios servidores do Tribunal.

Todo o procedimento foi concluído com antecedência ao início da sessão, previsto para as 14h. Durante esse intervalo, permaneci dentro do Tribunal apenas de posse da chave onde minha arma estava acautelada. Frise-se: estive totalmente desarmado enquanto permaneci nas dependências do Tribunal, de forma tranquila e discreta. Às 14h50, fui chamado para prestar esclarecimentos e, com toda transparência, reiterei os fatos e as providências adotadas.

Importante destacar que todos os atos praticados estão registrados pelas câmeras de segurança do Tribunal, as quais certamente confirmarão que minha conduta foi pautada pela legalidade, transparência e respeito às normas institucionais.

Reafirmo que jamais houve da minha parte qualquer intenção de violar regras ou ameaçar a integridade do ambiente institucional. Desde o primeiro momento, colaborei com os protocolos e atuei com a serenidade que a função pública exige.

Por fim, reafirmo minha honra, ética e integridade como servidor público, atributos que construí ao longo dos anos e que jamais foram objeto de questionamento. Coloco-me, como sempre, à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos adicionais, certo de que a verdade prevalecerá.

Espero, sinceramente, que o próprio Tribunal Regional Eleitoral divulgue as imagens internas do circuito de segurança, a fim de que este equívoco seja claramente e publicamente esclarecido, restabelecendo a verdade e a justiça.