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Samir Xaud é eleito presidente da CBF em eleição esvaziada

Ele teve apoio das federações estaduais e parte dos clubes das Séries A e B, em eleição marcada por ausências e disputas políticas

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
25/05/2025 às 12h43
Samir Xaud é eleito presidente da CBF em eleição esvaziada
Reprodução/Youtube/CBF

Samir Xaud foi eleito neste domingo (25) presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), após uma eleição marcada pela ausência de parte significativa dos clubes da Série A e pela presença de dirigentes novatos e familiares de novos cartolas.

Xaud recebeu 46 votos, sendo 26 de federações estaduais e 20 de clubes, divididos igualmente entre as Séries A e B, em um colégio eleitoral que soma 67 integrantes. A vitória aconteceu em um ambiente instável, com disputas por protagonismo entre clubes e federações. Dois meses antes, o mesmo colégio eleitoral havia aclamado Ednaldo Rodrigues por unanimidade, após seu retorno ao cargo por decisão judicial.

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Mas com a renúncia de Ednaldo e a nova convocação para eleição, os clubes tentaram se articular para lançar um nome de sua preferência: Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol. Apesar do apoio de 29 clubes das Séries A e B, a candidatura de Bastos não foi formalizada.

Por consequência, esse movimento gerou uma fratura entre os clubes, levando 21 deles a assinarem um manifesto prometendo boicote à eleição. Entre os signatários estavam Flamengo, Fluminense, Corinthians, São Paulo, Cruzeiro e Santos, mas estes dois últimos acabaram comparecendo e votando.

Com a ausência de parte da elite, o auditório da CBF foi ocupado por cartolas de clubes de menor expressão, como o Baré, da primeira divisão de Roraima, além de familiares de novos dirigentes da entidade. Em contraste com a eleição anterior, a imprensa foi impedida de acompanhar o processo presencialmente.

Samir Xaud, que já atuava como presidente interino desde o afastamento de Ednaldo Rodrigues, assume agora o comando efetivo da CBF em um ambiente de desconfiança por parte dos principais clubes do país e sob expectativa de negociações para recompor a relação entre a entidade e a elite do futebol brasileiro.