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Policial penal é acusado de vender 301 armas para facção criminosa no Ceará

Segundo o MPCE, Rocky se aproveitou do cargo de supervisor do Núcleo de Armamento da SAP (NUARMS) para subtrair o armamento

Josyvânia Monteiro
Por: Josyvânia Monteiro Fonte: GCmais
29/05/2025 às 16h04
Policial penal é acusado de vender 301 armas para facção criminosa no Ceará
Foto: Reprodução

O policial penal Rocky Marciano Lopes Nogueira, acusado de desviar 301 armas de fogo da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará (SAP), teria vendido o arsenal a uma facção criminosa que atua na região da Grande Messejana, em Fortaleza. A informação consta em parecer do Ministério Público do Ceará (MPCE), divulgado na última sexta-feira (23), e enviado ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) como resposta a um pedido de liberdade feito pela defesa do servidor, que está preso desde 27 de março.

Segundo o MPCE, Rocky se aproveitou do cargo de supervisor do Núcleo de Armamento da SAP (NUARMS) para subtrair 222 pistolas e 79 armas longas, que teriam sido negociadas com traficantes, principalmente no bairro Paupina, em troca de dinheiro e drogas. “A manutenção da prisão funda-se na garantia da ordem pública, em virtude da gravidade concreta do crime em apuração”, afirmou o Ministério Público no parecer.

Mesmo após ter sido afastado da função em 2023, Rocky continuou a agir de má-fé, segundo o MPCE. Designado para o Grupo de Apoio Penitenciário, ele recebeu uma pistola Glock em dezembro daquele ano e desapareceu em seguida. Dias depois, registrou um boletim de ocorrência alegando o roubo da arma. Em seguida, foi denunciado por ameaça à namorada e, conforme a promotoria, chegou a planejar fuga do país para evitar responder pelos crimes.

Paralelamente à investigação criminal, o policial penal também responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD). A SAP afirma que foi o próprio corpo gestor da secretaria quem percebeu o desaparecimento das armas e iniciou as investigações, afastando o servidor da função e oficializando sua condição de “abandono de cargo público”.

Apesar disso, Rocky Marciano continua a receber salário do Estado. Segundo o Portal da Transparência do Governo do Ceará, em abril de 2025 ele recebeu R$ 5.400 líquidos.

Mesmo após ter sido afastado da função em 2023, Rocky continuou a agir de má-fé, segundo o MPCE. Designado para o Grupo de Apoio Penitenciário, ele recebeu uma pistola Glock em dezembro daquele ano e desapareceu em seguida. Dias depois, registrou um boletim de ocorrência alegando o roubo da arma. Em seguida, foi denunciado por ameaça à namorada e, conforme a promotoria, chegou a planejar fuga do país para evitar responder pelos crimes.

Paralelamente à investigação criminal, o policial penal também responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD). A SAP afirma que foi o próprio corpo gestor da secretaria quem percebeu o desaparecimento das armas e iniciou as investigações, afastando o servidor da função e oficializando sua condição de “abandono de cargo público”.

Apesar disso, Rocky Marciano continua a receber salário do Estado. Segundo o Portal da Transparência do Governo do Ceará, em abril de 2025 ele recebeu R$ 5.400 líquidos.

Em nota enviada em março, a Secretaria da Administração Penitenciária reforçou que o desvio das armas foi detectado internamente e que todas as medidas cabíveis foram adotadas. A SAP informou que, após o afastamento, Rocky deixou de comparecer ao serviço, abandonando o cargo. A condição foi formalizada à CGD, que conduz o inquérito policial sobre o desaparecimento do armamento.

As investigações continuam, tanto na esfera criminal quanto na administrativa, e a Polícia Civil busca esclarecer o destino das armas desviadas e a possível participação de outras pessoas no esquema.