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PF faz operação em Nova Russas contra falsificação de dinheiro e encontra TVs e TV Box sem documentação fiscal

Envolvidos utilizavam cola de madeira e bicarbonato de sódio para deixar as notas com textura mais áspera

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
11/06/2025 às 09h14
PF faz operação em Nova Russas contra falsificação de dinheiro e encontra TVs e TV Box sem documentação fiscal
Fotos: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (11) em Nova Russas, a Operação Áspero, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso envolvido na aquisição, aperfeiçoamento e distribuição de cédulas falsas de real no interior do Ceará. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo que um deles é apontado como figura central na articulação do grupo.

A investigação teve início após a prisão em flagrante de um dos investigados, ocasião em que foi apreendido um aparelho celular contendo conversas em grupos de WhatsApp que tratavam da compra de cédulas falsas, técnicas de falsificação e planejamento logístico para distribuição em diversas cidades da região. As mensagens também indicavam a atuação de um fornecedor especializado, cuja investigação avança para sua identificação.

A PF acabou apreendendo em um dos locais, 46 TVs de 40 polegadas, 12 TVs de 24 polegadas, 1 TV de 50 polegadas e 32 aparelhos de TVBOX (todos sem documentação fiscal), além de R$ 11.380,00 em espécie.

O nome da operação “Áspero” faz referência direta à técnica utilizada pelos investigados para dar aparência de autenticidade às cédulas falsas. Segundo as conversas interceptadas, os envolvidos utilizavam cola de madeira e bicarbonato de sódio para deixar as notas com textura mais áspera, simulando o aspecto das cédulas verdadeiras.

A operação visa aprofundar a coleta de provas, identificar outros possíveis integrantes da associação criminosa e esclarecer lacunas investigativas, como a confirmação da identidade do fornecedor, a responsabilidade direta pela compra e recebimento das cédulas falsas, e o mapeamento completo da rede de distribuição.

Os investigados poderão responder pelos crimes de falsificação de moeda (art. 289 do Código Penal) e associação criminosa (art. 288 do Código Penal), entre outros que possam ser identificados no curso das investigações.