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Anvisa tenta frear excesso e exige, a partir de hoje, retenção da 2ª via de receita na compra de remédios para emagrecimento

Medida visa proteger a saúde da população brasileira

Rita de Cássia
Por: Rita de Cássia Fonte: Ceará Agora
23/06/2025 às 09h41
Anvisa tenta frear excesso e exige, a partir de hoje, retenção da 2ª via de receita na compra de remédios para emagrecimento
Foto: Reprodução

O freio na febre de consumo de remédios para emagrecer: a partir desta segunda-feira (23), por decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), medicamentos análogos ao GLP-1, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, usados no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, passam a ser vendidos nas farmácias apenas com retenção de receita médica.

A medida tenta evitar a compra indiscriminada dos produtos sem prescrição e o uso fora das indicações aprovadas na bula. A recomendação da Anvisa estabelece ainda que, nos casos de tratamento prolongado, a receita pode ser utilizada por até 90 dias e cabe ao médico indicar a posologia a cada 30 dias.

A segunda via da receita precisa ser retida na hora da compra do medicamento. A Anvisa determina, ainda, que o farmacêutico não poderá aceitar documentos posteriores ao prazo de validade estabelecido pela regra da Anvisa.

RISCO À SÚDE

A área técnica da Anvisa alertou, em 2024, que “o uso fora das indicações aprovadas em situações em que não há comprovação científica de segurança e eficácia pode colocar em risco a saúde dos seus usuários”. Em entrevista ao Jornal Alerta Geral, a médica nutrologa Raissa Portela destacou os riscos à saúde de quem consome esses medicamentos sem acompanhamento médico.

ENTIDADES APOIAM EXIGÊNCIA DA ANVISA

A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e as sociedades médicas de diabetes e de endocrinologia divulgaram, no mês de dezembro de 2024, um documento apoiando a proposta de retenção da receita como medida para o uso racional e seguro da medicação.

As entidades manifestam preocupação devido ao aumento da procura pelos chamados agonistas do GLP-1 para fins estéticos e dizem que, embora seguros, esses medicamentos precisam de acompanhamento médico.