A mãe e o padrasto do bebê Axel Guilherme, morto em maio após ser hospitalizado com diversas marcas de agressão, foram denunciados à Justiça pelo crime de homicídio qualificado. O caso aconteceu em maio no bairro Vicente Pinzón, em Fortaleza.
As agressões contra a criança ocorreram na madrugada do dia 3 de maio. O menino foi levado para o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) pelos suspeitos, o padrasto, Izaque de Sousa Alves, de 25 anos, e pela mãe, Wanderleia Costa Damasceno, de 20 anos. Os dois foram presos ainda dentro do hospital.
O g1 não conseguiu localizar a defesa dos dois suspeitos.
O menino deu entrada na unidade de saúde com hematomas por todo o corpo, fratura no crânio, hemorragia e em parada cardiorrespiratória. Ele morreu no dia 6 de maio, após três dias internado. Izaque teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, já Wanderleia foi solta mediante o cumprimento de medidas cautelares.
No laudo cadavérico, os peritos afirmaram que a morte de Axel ocorreu por "traumatismo crânio encefálico produzido por lesões contundentes com características típicas de crueldade e indícios de tortura, haja vista o intenso sofrimento por possível castigo/ intimidação".
Após a conclusão do inquérito, a Polícia Civil do Ceará indiciou Izaque por lesão corporal e maus-tratos com resultado em morte, e Wanderleia por maus-tratos com resultado em morte. O Ministério Público do Ceará (MPCE) recebeu o inquérito e denunciou os dois por homicídio qualificado, isto é, homicídio com vários agravantes.
O MP também solicitou que os dois sejam julgados pelo Tribunal do Júri. A Justiça mandou notificar os dois réus da denúncia. Izaque, que está em um prisão no município de Caucaia, foi encontrado. Já Wanderleia não foi encontrada no endereço que disse residir e o seu paradeiro é desconhecido.