Nesta sexta-feira (5), completou um ano da morte de Getônio Rodrigues Bastos, conhecido como ‘Sr Bidu’, de 91 anos, assassinado dentro do condomínio onde morava, no bairro Farias Brito, em Fortaleza. Para marcar a data, uma missa foi realizada na igreja da comunidade, reunindo familiares e amigos da vítima, que continuam em busca de justiça.
O principal acusado do crime é o lutador de jiu-jitsu Lucas Amorim Magalhães, preso desde julho de 2023. No entanto, a defesa tenta impedir que ele responda criminalmente, alegando incapacidade penal. Um laudo apresentado por uma psiquiatra contratada pela família do acusado aponta que ele sofre de esquizofrenia paranoide e que não teria consciência dos atos no momento do crime.
O processo está parado e aguarda decisão do juiz responsável. Caso o laudo seja aceito pela Justiça, Lucas poderá ser solto sem que os familiares da vítima sejam ouvidos, o que tem gerado revolta e insegurança. A principal preocupação da família é que o acusado volte a viver em liberdade, inclusive no mesmo condomínio onde ocorreu o crime e onde ainda residem parentes de Sr Bidu.
Para contestar o diagnóstico da defesa, os familiares contrataram peritos independentes que apontaram um quadro de psicopatia, alegando que Lucas teria plena consciência de seus atos e representa risco à sociedade.
Desde o crime, a defesa do acusado tenta a transferência para um hospital, com sugestão de internação em clínica particular com suíte equipada. A juíza do caso, no entanto, ainda não acatou o pedido, afirmando não estar convencida da existência de doença mental.
O caso segue sem definição judicial. Familiares e amigos de Sr Bidu cobram que todos os laudos e provas sejam analisados com rigor, e que o processo avance para garantir um julgamento justo. Eles temem que a alegação de insanidade abra brecha para a impunidade.