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Policial que matou colegas em delegacia de Camocim irá para hospital psiquiátrico, ordena Justiça

O parecer de uma equipe que avaliou foi categórico ao apontar a necessidade de acompanhamento psiquiátrico contínuo

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
16/07/2025 às 00h58
Policial que matou colegas em delegacia de Camocim irá para hospital psiquiátrico, ordena Justiça
Fotos: Arquivo

Os juízes da 1ª Vara da Comarca de Camocim, Maycon Robert Moraes Tomé e Francisco de Paulo Queiroz Bernardino Júnior, decidiram na semana passada pela internação de Antônio Alves Dourado - acusado de assassinar quatro colegas dentro da Delegacia de Camocim, em 2023 - em um hospital psiquiátrico. 

Ele se encontra recolhido na Unidade Prisional de Sobral, em razão de prisão preventiva.

A decisão, a qual A Voz de Santa Quitéria e o jornalista MiqueiasRádio tiveram acesso com exclusividade, aponta a condição psiquiátrica de Dourado, diagnosticado com Transtorno Esquizoafetivo (insanidade mental), o que "afeta a sua capacidade de compreensão e autodeterminação, conforme demonstrando em pareceres e laudos técnicos".

 
 
 
 
 
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O parecer de uma equipe que avaliou foi categórico ao apontar a necessidade de acompanhamento psiquiátrico contínuo para Dourado, identificando risco concreto tanto para ele quanto para terceiros, caso permaneça em ambiente incompatível com o tratamento médico adequado.

No mesmo ano, o policial tentou matar um colega de cela dentro da PIRS, crime pelo qual não foi julgado em razão do seu estado.

O Poder Judiciário determinou que:

  • Secretaria de Saúde do Estado indique o local apropriado para internação do réu;
  • Providências necessárias à Secretaria de Administração Penitenciária, para a transferência imediata
  • e cumprimento do mandado de internação pelo prazo de 06 meses - "tempo razoável para a conclusão da instrução processual", com possibilidade de prorrogação mediante nova decisão judicial.

Antônio estava de folga na data do crime. De madrugada, foi até a delegacia onde estavam as outras quatro pessoas e abriu fogo. Depois de atirar nos colegas, fugiu em um carro da polícia, mas abandonou o veículo e se entregou no quartel da Polícia Militar da cidade.