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Com dura reação de André Fernandes, PL ameaça se descolar do PSDB, do União Brasil e de Ciro no Ceará

O abalo surge com as declarações recentes de Ciro Gomes, que, com duras críticas à família Bolsonaro

Josyvânia Monteiro
Por: Josyvânia Monteiro Fonte: Ceará Agora
21/07/2025 às 15h00 Atualizada em 21/07/2025 às 15h51
Com dura reação de André Fernandes, PL ameaça se descolar do PSDB, do União Brasil e de Ciro no Ceará
Foto: Reprodução

Lideranças do União Brasil e do PSDB do Ceará não esperavam, mas, na largada de entendimentos que estavam sendo construídos, a oposição sofre um abalo: a ameaça do PL de se descolar do PSDB, União Brasil e de Ciro na corrida ao Governo do Estado e ao Senado em 2026.

O abalo surge com as declarações recentes de Ciro Gomes, que, com duras críticas à família Bolsonaro, mergulhou a oposição do Ceará em uma nova crise e provocou um racha que pode comprometer alianças estratégicas para as eleições de 2026.

Ciro mantém negociações avançadas para se filiar ao PSDB, com o objetivo de disputar o governo do Estado. Essa movimentação é vista como um passo importante para unir forças com partidos como PL e União Brasil, formando uma frente ampla contra o bloco governista liderado por Elmano de Freitas e Camilo Santana.

No entanto, Ciro, por meio das redes sociais, disparou contra Jair Bolsonaro e seus aliados e causou forte reação no PL.

O deputado federal André Fernandes, bolsonarista de linha dura, subiu o tom e ameaça lançar candidaturas próprias ao Palácio da Abolição e ao Senado, impondo, assim, isolamento ao grupo de Ciro e minando qualquer possibilidade de composição com os partidos de direita.

Essa tensão criou um novo cenário de incertezas e preocupa diretamente o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.

Roberto, que negocia filiação ao União Brasil, ainda espera uma coalizão robusta em torno de um nome competitivo da oposição — fosse ele próprio ou Ciro.

Com o PL disposto a se descolar desse projeto, cresce o risco de uma pulverização das candidaturas, enfraquecendo o bloco opositor e facilitando a reeleição do grupo governista.

O princípio de crise evidencia, mais uma vez, as dificuldades da oposição cearense em construir um projeto unificado, refém de egos, divergências ideológicas e disputas de protagonismo.