O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) se reuniu com os vereadores de Fortaleza que fazem oposição aos governos do PT no Ceará, em uma conversa de alinhamento político com vistas às eleições de 2026.

O experiente senador, que passou boa parte de sua trajetória nos corredores de Brasília, sabe que as grandes decisões sempre vêm de cima para baixo. Por essa razão, evita cravar um posicionamento político definitivo neste momento.

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Tasso defende a unidade do bloco oposicionista em torno de uma possível candidatura de Ciro Gomes (ainda no PDT) ao Governo do Estado. Segundo interlocutores, o ex-senador reconhece a força de André Fernandes e do PL no Ceará como fiel da balança. Somente uma composição ampla colocaria o grupo da oposição no jogo, já que, separados, as chances de êxito seriam bem menores.

Ciro Gomes, por sua vez, ainda aguarda os movimentos no cenário nacional. Espera que uma eventual candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) à Presidência abra espaço para uma vice de perfil nordestino, cargo ao qual poderia se candidatar. No entanto, Ciro já enfrenta concorrência: o senador Ciro Nogueira (União Progressista) também sonha com a vaga, e recentemente surgiu o nome da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, possível indicação do PSD de Gilberto Kassab.

Diante disso, o caminho mais provável para Ciro seria mesmo disputar o Governo do Estado, ainda que por uma sigla indefinida. Mas a unidade do bloco oposicionista está longe de ser garantida. O preço seria alto: a defesa intransigente da anistia a Bolsonaro e o confronto aberto com o STF. Não se sabe se Ciro estaria disposto a arriscar sua biografia de democrata em nome de uma causa personalista e familiar, ligada a quem sempre criticou.

Tasso é sem dúvida uma das figuras mais respeitadas da política cearense, por tudo que fez pelo Ceará, mas os tempos são outros, são tempos estranhos, no país e no mundo, a sua missão não é tão simples quanto imagina.

Como diria Cazuza: “ainda estão rolando os dados”!