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Facção toma máquinas e exige porcentagem de apostas e de prêmios de loterias no Ceará

Três suspeitos foram presos em flagrante por ameaça e por integrar organização criminosa.

Josyvânia Monteiro
Por: Josyvânia Monteiro Fonte: G1 CE
04/11/2025 às 14h34
Facção toma máquinas e exige porcentagem de apostas e de prêmios de loterias no Ceará
Foto: Reprodução

Três membros da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) foram presos nesta segunda-feira (3), em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, por tomarem máquinas de apostas e ameaçarem vendedores ambulantes de jogos de apostas virtuais.

A ação dos criminosos tem objetivo de obrigar vendedores dos bairros Pajuçara, Jardim Bandeirantes e localidades vizinhas a trabalharem com as máquinas da facção, que arrecadaria o dinheiro das apostas. Os membros da facção também seriam os responsáveis por pagar os prêmios dos vencedores, em vez da Loteria Estadual do Ceará.

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Conforme a Polícia Militar, a ocorrência teve início após os agentes receberem uma denúncia de que homens em um carro estavam ameaçando os vendedores de apostas no interior da Ceasa de Maracanaú.

O veículo foi abordado ainda no equipamento de venda de frutas e verduras, com três homens e um adolescente no carro.

Durante as buscas, os policiais localizaram uma máquina de apostas da Loteria Estadual do Ceará, que havia sido tomada de uma das vítimas momentos antes da abordagem da polícia.

Diante da descoberta, os policiais prenderam em flagrante:

  • Gabriel Almeida da Silva, 25 anos, com passagens por receptação, porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e organização criminosa;
  • Jeferson Araújo de Lima, 21 anos, com antecedentes por porte ilegal de arma de fogo e
  • Valdeir Alves da Silva, 25 anos.

Conforme inquérito da Polícia Civil, os criminosos propõem aos vendedores fazerem as apostas usando a maquineta da facção, para em troca receberem 50% do valor total arrecadado.

Além disso, caso algum cliente ganhe, o pagamento do prêmio será feito pela própria facção e não pela Caixa Econômica Federal.

"Ou seja, a facção se utiliza do sorteio realizado pela loteria dos sonhos (ou congêneres) e com base nesses resultados, consolidam quem são os vencedores das apostas realizadas nas maquinetas da facção", diz um trecho do inquérito da Polícia Civil.

Quem não aceita a proposta é ameaçado e proibido de exercer seu ofício de venda de apostas virtuais na região.

"Com isso a facção se livra da concorrência, até ficarem apenas pessoas que realizem jogos com a maquineta da facção", afirmou a investigação.