
O religioso cearense Dom Hélder Pessoa Câmara teve o nome oficialmente inserido no ‘Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria’, após a sanção da Lei 15.242 pelo presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB), no último dia 29 de outubro. Alckmin assumiu temporariamente a presidência durante a viagem do presidente Lula (PT) ao Sudeste Asiático.
O ‘Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria’, também conhecido como “Livro de Aço”, é o registro oficial de personalidades que se destacaram na história do Brasil. Criado em 1989, o livro homenageia figuras históricas como Zumbi dos Palmares, Zilda Arns, Chico Mendes, Tiradentes, Anna Nery, Darcy Ribeiro e agora Dom Hélder Câmara. A obra está localizada no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Nascido em 1909 em Fortaleza, Dom Hélder Câmara foi bispo e arcebispo emérito de Olinda e Recife, em Pernambuco, onde faleceu em 1999, aos 90 anos. Conhecido como “Dom da Paz”, ele se destacou pela defesa de causas sociais e direitos humanos, atuando de forma significativa durante o período da ditadura militar no Brasil. Dom Hélder também foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O religioso foi cotado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz, embora a diplomacia brasileira na época tenha atuado para que ele não fosse escolhido. Ao longo de sua vida, publicou mais de 20 livros e recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais.