Com 500 Megawatts (MW) de energia elétrica gerados a partir de 14 parques eólicos em operação no Estado, 1.400 MW já aprovados e outros 2.589 MW previstos para 2015 - a partir de 112 projetos desse tipo inscritos para o próximo leilão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em outubro, o Ceará terá garantida a suficiência energética e consolidada uma nova matriz de energia renovável.
No entanto, ainda enfrenta o risco de não poder transmitir toda a potência instalada por falta de redes de distribuição em seu território. Segundo a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), será necessário uma reformulação do sistema. Investimentos de R$ 384 milhões, até 2014, já foram anunciados.Situação semelhante passa o Rio Grande do Norte, atualmente com 102 MW instalados de energia eólica, e mais 2.896 MW aprovados para concorrer no certame de outubro próximo, o que irá colocar o Estado potiguar na liderança da geração do segmento no País. "Nossa preocupação agora é preparar os sistemas (de distribuição) do Ceará e Rio Grande do Norte, para escoar a energia das eólicas para o resto do País", disse o presidente da Chesf, João Bosco de Almeida.Segundo ele, a preocupação resiste porque os parques eólicos instalados no Ceará estão todos no litoral, distantes portanto, das grandes linhas de transmissão, mais concentradas na Capital e no Interior. "Temos que reformar todo o sistema de transmissão do Ceará", explicou Almeida, ao anunciar esta semana, investimentos de R$ 384 milhões, até 2014, no Ceará.Conforme disse, o dinheiro será aplicado na instalação de novas subestações e no reforço das linhas de transmissão para suportar as novas cargas de energia, que passarão a circular na rede, a partir da operação das eólicas. Neste ano, informou Almeida, serão investidos R$ 185 milhões, o equivalente a 48,2% dos recursos, em 2013, mais R$ 175 milhões e os R$ 24 milhões restantes, em 2014.
Diário do Nordeste