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Receita apreende em Fortaleza carga com uma tonelada de skunk, avaliada em R$ 5 milhões

O trabalho de triagem e investigação permitiu que a equipe da Direp03 identificasse inconsistências na documentação da remessa

Josyvânia Monteiro
Por: Josyvânia Monteiro Fonte: gcmais
27/11/2025 às 15h28
Receita apreende em Fortaleza carga com uma tonelada de skunk, avaliada em R$ 5 milhões
Foto: Reprodução / RECEITA FEDERAL

A Divisão de Vigilância e Repressão da Receita Federal na 3ª Região Fiscal (Direp03) apreendeu, nesta quinta-feira (27/11), cerca de uma tonelada de skunk, também conhecido como “supermaconha”, em uma transportadora localizada em Fortaleza (CE). A ação ocorreu durante uma operação de rotina e foi resultado de um trabalho combinado entre análise de risco, fiscalização aduaneira e o emprego dos agentes caninos Ithor, Bachar e Saymon, treinados especificamente para a detecção de entorpecentes em cargas de grande volume.

Segundo a Receita Federal, a droga havia saído de São Paulo e tinha como destino final a capital cearense. O entorpecente estava distribuído em diversos volumes camuflados entre mercadorias regulares, estratégia frequentemente utilizada por grupos criminosos para evitar a identificação durante o trajeto. O trabalho de triagem e investigação permitiu que a equipe da Direp03 identificasse inconsistências na documentação da remessa, o que motivou uma inspeção mais detalhada com o auxílio dos cães de faro.

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O valor estimado da apreensão é de aproximadamente R$ 5 milhões, considerando o preço médio do skunk (uma variante de alta concentração do princípio ativo da maconha) no mercado clandestino. A Receita Federal afirma que esse tipo de apreensão tem se tornado cada vez mais comum no Ceará, onde cargas ilícitas transportadas por empresas de logística e veículos de grande porte frequentemente tentam se misturar ao fluxo de mercadorias legais que circulam pela região.

Nos últimos meses, operações de fiscalização aduaneira e repressão ao contrabando realizadas em Fortaleza e cidades da Região Metropolitana têm resultado em apreensões de drogas, cigarros, produtos falsificados e armas, reforçando a atuação integrada entre órgãos de segurança pública e setores de inteligência. Segundo o órgão, essas ações fazem parte de um esforço constante para impedir que organizações criminosas utilizem estruturas logísticas comerciais para o envio de entorpecentes a partir do Sul e Sudeste do país.

As operações de análise de risco – ferramenta central da atuação da Receita – combinam cruzamento de dados, monitoramento de remessas e identificação de padrões suspeitos, o que permite a seleção de cargas que apresentam sinais de irregularidade. O uso de tecnologia de escaneamento, aliado ao trabalho de auditores e equipes caninas, também tem ampliado a capacidade de detectar drogas escondidas em compartimentos de difícil acesso.

Do ponto de vista legal, as apreensões desse tipo se baseiam principalmente no artigo 44 da Lei 11.343/2006, que trata das atividades de prevenção e repressão ao tráfico de drogas. A Receita Federal possui competência para atuar na repressão a ilícitos transfronteiriços e ao contrabando, e quando encontra substâncias proibidas, o material é encaminhado às autoridades policiais competentes para abertura de inquérito e continuidade das investigações. Dependendo do caso, as empresas de transporte também podem ser responsabilizadas se for identificada negligência ou participação no envio da carga ilegal.

Em operações anteriores, as equipes de fiscalização já haviam identificado tentativas de envio de drogas por meio de encomendas expressas, cargas de caminhões e até contêineres que chegavam ao Porto do Pecém com documentação irregular.

Em nota, o órgão destacou que seguirá atuando de forma contínua no combate ao contrabando, tráfico de drogas e demais ilícitos que financiam organizações criminosas, contribuindo para a proteção da sociedade e para o fortalecimento da segurança pública na região.