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Funcionário de prefeitura é investigado por supostas mensagens íntimas enviadas a menina de 12 anos

Caso aconteceu em Santana do Acaraú

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues Fonte: G1
01/12/2025 às 00h46
Funcionário de prefeitura é investigado por supostas mensagens íntimas enviadas a menina de 12 anos
Foto: Reprodução

A mãe de uma menina de 12 anos denunciou que um funcionário da Prefeitura de Santana do Acaraú, no interior do Ceará, trocava mensagens de teor sexual com a filha pelas redes sociais. A Polícia Civil informou que abriu investigação para apurar o caso. O suspeito é Francisco Marcílio Gonçalves Tibúrcio, diretor da Divisão de Trânsito do município. Para preservar a identidade da vítima, o nome da mãe da adolescente não será divulgado.

No início de novembro, a mãe da menina encontrou mensagens suspeitas que a filha trocava com um perfil sem identificação nas redes sociais. Ao ouvir os áudios enviados pelo suspeito e comparar elementos das fotos, como roupas e acessórios, com o perfil pessoal de Marcílio, ela concluiu que ele era o responsável pelas mensagens.

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A mulher registrou um Boletim de Ocorrência e, após a denúncia, passou a ser alvo de comentários e fofocas na cidade. O pai da menina chegou a ameaçar Marcílio com um facão, que registrou um Boletim de Ocorrência contra ele.

Segundo a mãe, a menina não tem celular próprio e utilizava o aparelho da avó para acessar as redes sociais. Na madrugada do dia 3 de novembro, ao manusear o telefone da mãe, a mulher encontrou mensagens suspeitas, com teor sexual. “Em um áudio, ele chama ela para tomar banho com ele. ‘Economiza a água, toma banho comigo’”, relatou.

Inicialmente, não foi possível identificar o autor das mensagens, já que o perfil com quem a adolescente conversava não tinha nome verdadeiro e as fotos não permitiam reconhecimento. A mãe então gravou os áudios e pediu ajuda a amigas para tentar descobrir quem seria o suspeito. Uma das pessoas consultadas apontou que a voz poderia ser de Marcílio.

A suspeita aumentou quando a mãe começou a comparar as roupas e acessórios exibidos nas fotos do perfil utilizado nas conversas com as imagens do perfil pessoal de Marcílio nas redes sociais. As características, segundo ela, eram as mesmas. A mãe da menina registrou um Boletim de Ocorrência no dia 6 de novembro e questionou a filha sobre a identidade do homem, mas ela negou. A mulher também relatou uma movimentação suspeita na delegacia.

Já se passaram três semanas desde que o Boletim de Ocorrência foi formalizado e a mulher afirma que ainda não recebeu retorno da polícia. Ela teme que o caso seja abafado, pois acredita que o suspeito exerce influência no município.

A mulher diz não saber há quanto tempo as conversas vinham acontecendo, pois acredita que a filha apagava parte das mensagens. Ela também percebeu que o perfil suspeito seguia outras meninas da mesma faixa etária de sua filha nas redes sociais. Preocupada, ela decidiu alertar as mães das adolescentes.

Após registrar a denúncia, a mãe passou a ser alvo de comentários e fofocas na cidade, feitos por pessoas que duvidaram do relato.