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Operação policial combate esquema que desviou 68 veículos de locadoras em fraudes cibernéticas

Esquema usava invasão de sistema para fazer reservas falsas e desviar carros

Raflézia Sousa
Por: Raflézia Sousa Fonte: G1 Ceará
10/12/2025 às 08h25
Operação policial combate esquema que desviou 68 veículos de locadoras em fraudes cibernéticas
Foto: Divulgação

A Polícia Civil do Ceará realiza nesta quarta-feira (10) a Operação "Checkout", com o objetivo de desmantelar um esquema interestadual especializado em fraudes cibernéticas e desvio de veículos. A ação contou com apoio federal e a cooperação de polícias civis de outros estados.

O alvo dos bandidos era uma empresa de locação de veículos. Segundo as investigações, o esquema criminoso funcionava da seguinte forma:

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  • os criminosos obtinham dados da empresa de forma ilegal;
  • com os dados, eles acessavam a plataforma de reservas de veículos;
  • os bandidos então faziam reservas ilegais;
  • com o veículo alugado de forma ilegal, eles anunciam a venda do carro.

A organização criminosa roubou 68 veículos da frota da empresa locadora de carros.

Os carros roubados eram posteriormente revendidos em redes sociais, aplicativos de mensagens e na Dark Web, sendo destinados a desmanches ou enviados para países vizinhos, conforme apurou a polícia.

Mandados de busca e de prisão

Nesta fase, a operação busca cumprir 18 medidas cautelares autorizadas pela Justiça: 17 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. As buscas ocorrem nas cidades de Fortaleza e Eusébio, no Ceará; em São Paulo e em Tocantins.

A polícia também executa outras medidas judiciais, como a quebra de sigilo telemático e telefônico dos investigados, o bloqueio dos veículos identificados e o bloqueio de R$ 3 milhões de bens por investigado, no intuito de descapitalizar a organização.

Os suspeitos respondem aos crimes de invasão de dispositivo informático, furto qualificado por meio eletrônico, falsidade ideológica e organização criminosa. Eles também são investigados por lavagem de dinheiro. As penas dos crimes somados podem ultrapassar 35 anos de prisão, além de multa.

A operação é coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil cearense e tem suporte do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). As polícias civis de São Paulo e Tocantins também atuam em cooperação.