
As famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) passam a contar com mais uma alternativa de acesso ao microcrédito produtivo orientado. O Banco do Brasil aderiu oficialmente ao Programa Acredita no Primeiro Passo, iniciativa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) voltada ao fortalecimento do empreendedorismo entre a população de baixa renda.
O acordo foi assinado na última quarta-feira (10), em Brasília. Com a adesão, o Banco do Brasil pretende expandir a oferta do microcrédito orientado para todo o território nacional, com atenção especial às regiões Sul e Sudeste, onde o programa ainda apresentava menor capilaridade. Em novembro, antes da formalização da parceria, cerca de mil pessoas do Distrito Federal já haviam sido atendidas em caráter experimental pela instituição.
Conforme o MDS, o Programa Acredita no Primeiro Passo já movimentou aproximadamente R$ 13 bilhões desde sua criação. Instituído pela Lei nº 14.995, de outubro de 2024, o programa integra um conjunto de ações voltadas à geração de renda, inclusão produtiva e fortalecimento de pequenos negócios.
No eixo de promoção do empreendedorismo, o Acredita no Primeiro Passo contabiliza mais de 190 mil operações de crédito orientado realizadas em apenas um ano, somando R$ 1,7 bilhão repassados a famílias inscritas no CadÚnico. Desse total, 68% dos recursos foram destinados a mulheres, público considerado prioritário pela política. O índice de inadimplência, segundo o ministério, é de apenas 0,36%.
Para garantir a segurança das operações, o Governo Federal estruturou o Fundo de Garantia de Operações (FGO), que permite alavancar até R$ 12 bilhões em crédito a cada R$ 1 bilhão em garantias. Além disso, foi criado o SIG Acredita, sistema nacional que acompanha em tempo real todas as operações realizadas no âmbito do programa.
O Acredita no Primeiro Passo também atua na qualificação profissional e na inserção no mercado de trabalho. Mais de 2 milhões de pessoas já participaram de cursos profissionalizantes, e beneficiários do CadÚnico vêm registrando saldo histórico de empregos formais, segundo dados do governo federal.
Podem participar do programa pessoas com idade entre 16 e 65 anos, desde que estejam com os dados atualizados no Cadastro Único. Mulheres, jovens, pessoas com deficiência, comunidades negras e populações tradicionais – como quilombolas e ribeirinhos – integram o público prioritário.
Além do Banco do Brasil, o programa conta com a participação de instituições como Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Caixa Econômica Federal, além de cooperativas de crédito e agências de fomento. Grandes empresas, a exemplo de Coca-Cola, McDonald’s e Carrefour, também aderiram à iniciativa, contribuindo com a abertura de vagas de emprego e apoio a pequenos empreendimentos.
O atendimento pode ser buscado nas Salas do Empreendedor do Sebrae, em bancos públicos parceiros e em cooperativas de crédito credenciadas. O objetivo central do programa é ampliar oportunidades, promover autonomia financeira e impulsionar o empreendedorismo entre famílias de baixa renda em todo o país.