Durante a homilia, Francisco retomou um dos temas de que mais falou em 2015 e ressaltou que "as múltiplas formas de injustiça e de violência ferem cotidianamente a humanidade".
"Às vezes, nos perguntamos: como é possível que perdure a opressão sobre o homem? Que a arrogância continue a humilhar os mais fracos, deixando-os às margens mais abandonadas do nosso mundo? Até quando a maldade humana semeará sobre a terra a violência e o ódio, provocando vítimas inocentes?", refletiu o líder católico.
Imigrantes
Ao falar sobre imigrantes, o papa questionou: "Como pode haver plenitude em um tempo em que se coloca, diante de nossos olhos, multidões de homens, mulheres e crianças que fogem da guerra, da fome, da perseguição, dispostos a arriscar a sua vida para ver respeitados os seus direitos fundamentais?".
A quantidade de imigrantes em 2015 chegou ao maior número desde a Segunda Guerra Mundial. Um milhão de refugiados tentaram chegar à Europa ao longo do ano passado, segundo balanço (até 21 de dezembro) da Organização Internacional de Migrações (OIM). Cerca de 3,6 mil morreram tentando atravessar o Mar Mediterrâneo.
O papa destacou a importância de desejar o bem para os outros durante o primeiro dia de um novo ano. "No início do ano, é bonito trocar saudações. Renovamos assim de um para outro o desejo de que aquele que começa seja um pouco melhor. No fundo, é um sinal de esperança que nos anima e nos convida a acreditar na vida. Mas, sabemos que, com o ano novo, não mudará tudo e muitos problemas de ontem permanecerão amanhã", disse o líder católico.
Na última mensagem do ano de 2015, o papa Francisco havia dito que a mídia precisa dar mais espaço para boas notícias, para as histórias inspiradoras e positivas com o objetivo de contrabalançar a preponderância do mal, da violência e ódio no mundo.
Redação Web