Como sabemos, o motor tem sua temperatura controlada pelo líquido de arrefecimento, o qual usa um radiador para rejeitar o calor necessário e uma válvula (termostática) para controlar o fluxo de líquido no radiador, a fim de manter a temperatura de trabalho o mais constante possível. Já o óleo lubrificante do motor em geral não conta com nenhum controle de temperatura, a qual tende a variar mais em função da
potência produzida e da rotação. Ou seja, a temperatura do óleo é mais alta em rodovia a 100 km/h que no trânsito lento — ao contrário do líquido de arrefecimento, pois o radiador recebe grande fluxo de ar a 100 km/h e pouco ou nenhum no anda-para da cidade.
O problema ocorre quando o motor é operado no limite de potência e rotação. O óleo então atinge temperaturas muito altas, responsáveis por reduzir sua viscosidade e, em consequência, sua pressão nas galerias do motor. Pode também ficar tão “fino” a ponto de ter seu filme quebrado, o que permite o contato entre as partes em movimento, como bronzinas e virabrequim. Em um motor preparado, pode ocorrer que o líquido de arrefecimento consiga suportar o aumento de potência com a maior vazão de ar no radiador, devido à maior velocidade, mas o óleo vai esquentar ainda mais — e isso pode levar o motor à quebra. Nesse caso, um radiador de óleo de motor é muito bem-vindo.
Cabe lembrar que o óleo lubrificante tende a se aquecer e resfriar mais lentamente que o líquido de arrefecimento. É comum em veículos atuais que o líquido de arrefecimento atinja a temperatura normal de trabalho em cinco minutos de uso partindo a frio, enquanto o óleo pode levar até 15 minutos, sobretudo no uso urbano. Se os trajetos forem curtos, sobretudo com baixa solicitação de potência, pode haver diluição do combustível no óleo (parte do combustível se liquefaz nas paredes dos cilindros, na fase fria, e acaba sendo “raspada” pelos anéis dos pistões para o óleo), o que degrada as propriedades do óleo com o tempo e traz sérios prejuízos à lubrificação do motor.
Como evitar isso? O óleo deve ultrapassar a temperatura aproximada de 60°C para que o combustível diluído no óleo evapore. Ou seja, a famosa utilização “só para ir ao mercado e voltar” é muito mais prejudicial ao motor que o uso continuado por longos períodos — por isso os motores de táxis costumam ter longa vida útil. Portanto, adicionar um radiador de óleo ao veículo original, ou mesmo a um preparado que receba apenas uso normal, pode aumentar a chance de não atingir a temperatura necessária para evaporação do combustível.
O problema se agrava em veículos que rodam com álcool, combustível que se liquefaz mais facilmente em baixas temperaturas de trabalho, além de ter muita água na composição. No passado, fabricantes no Brasil tiveram muitos problemas de quebras de motores em garantia no inverno, justamente pela contaminação de álcool no óleo. Conclui-se que o dimensionamento não ideal do sistema de lubrificação pode tanto trazer problemas de superaquecimento como de subaquecimento, ou seja, temperatura abaixo da necessária.
É importante tomar os cuidados necessários para que o motor do seu carro permaneça uma temperatura adequada e é recomendável que utilize para substituição, as peças originais e que forem fornecidas por empresas de confiança. Caso o seu veículo apresente problemas no radiador de óleo, o mais recomendado é encaminha-lo a uma oficina especializada. Lá, o mecânico irá fazer a substituição de peças que podem ser adquiridas em lojas online como
o site autopecasstore.pt ou lojas físicas, provavelmente fazendo a troca do sistema por completo. Nunca se esqueça de fazer uma manutenção preventiva no seu carro, isso pode poupar você de uma série de problemas que vão muito além do sistema de arrefecimento do veículo.
Com informações da Uol Carros