Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, o dinheiro do “novo saque emergencial” do FGTS não estará disponível em espécie porque não há papel moeda suficiente para todos os saques previstos. A recente liberação de três parcelas de R$ 600 para desempregados, informais, microempreendedores individuais e autônomos levou a Casa da Moeda a produzir novas notas em grande escala, ampliando a circulação de dinheiro no país de R$ 256 bilhões, em março, para R$ 326 bilhões, conforme dados do Banco Central.
Mesmo assim, para evitar que faltasse dinheiro em espécie, a Caixa decidiu liberar os recursos através do aplicativo Caixa Tem, no qual é possível pagar contas, boletos e fazer compras em lojas. Dessa forma, quando os saques são liberados, a quantidade de dinheiro que os beneficiários têm disponível é menor e, consequentemente, a necessidade de papel moeda também é reduzida.
A nova opção de retirada do FGTS foi anunciada pelo governo através da Medida Provisória 946, em virtude da pandemia do coronavírus. Terá direito a sacar até R$ 1.045 do FGTS todo trabalhador que tem saldo na conta ativa – do emprego atual – ou inativa – de empregos anteriores. Porém, cada um terá direito a um saque, independentemente do número de contas.
Ao todo, são mais de 60 milhões de brasileiros com contas do FGTS, dos quais 20 milhões não têm conta em banco. A medida deve injetar até R$ 36,2 bilhões na economia. Para 30,7 milhões de cotistas, a liberação fará com que a conta do FGTS fique zerada.
Jornal Extra