A entidade demanda que o Ministério da Saúde, os estados e municípios reavaliem suas orientações de tratamento, "não gastando dinheiro público em tratamentos que são comprovadamente ineficazes e que podem causar efeitos colaterais", afirma a SBI em nota.
Além disso, a Sociedade Brasileira de Infectologia cobra que estes recursos financeiros, tecnológicos e humanos sejam empregados em tratamentos que são comprovadamente eficazes e seguros para pacientes com coronavírus, como os listados abaixo:
- Anestésicos para intubação orotraqueal de pacientes que precisam ser submetidos à ventilação mecânica;
- Bloqueadores neuromusculares para pacientes que estão em ventilação mecânica;
- Aparelhos que permitem diagnóstico precoce da covid grave, como oxímetros para diagnóstico de hipóxia silenciosa;
- Testes diagnósticos de RT-PCR da nasofaringe para pacientes sintomáticos;
- Leitos de Unidade de Terapia Intensiva;
- Recursos humanos (profissionais de saúde) e respiradores.
Um estudo publicado pela revista médica da ACP Journals (American College of Physicians), por exemplo, avaliou pacientes com coronavírus em 40 estados americanos e três províncias do Canadá; o grupo que fez uso da hidroxicloroquina não teve qualquer benefício clínico a mais do que os que receberam placebo (preparação neutra sem efeitos farmacológicos).
O Ministério da Saúde voltou a defender hoje, em coletiva de imprensa, o uso da cloroquina para o tratamento contra o coronavírus. O governo afirmou que a "polarização" atrapalha o tema e ainda pediu que é necessário que as pessoas aprendam a "ler ciência".
UOL