O comunicado divulgado afirma que "não é lícito conceder uma bênção a relações, ou mesmo a parcerias estáveis, que implicam uma prática sexual fora do matrimônio (ou seja, fora da união indissolúvel de um homem e uma mulher, aberta por si à transmissão da vida), como é o caso das uniões entre pessoas do mesmo sexo".
Segundo o comunicado, o Papa Francisco foi informado e deu consentimento à publicação da nota. Em outubro de 2020, Francisco manifestou defesa pela união civil de homossexuais. O texto do Vaticano afirma que reconhece que as relações homoafetivas têm elementos positivos, dignos de serem apreciados e valorizados, mas que isso não é capaz de torná-las honestas e legítimas da benção eclesial.
Ainda segundo o comunicado, a benção das uniões homoafetivas poderia fazer analogia à benção nupcial, mas "não existe fundamento algum para assimilar ou estabelecer analogias, nem sequer remotas, entre as uniões homossexuais e o desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família".
O Vaticano ressalta que a proibição de reconhecer uniões não exclui as bençãos individuais a homossexuais. Segundo a nota, não é possível abençoar o pecado, mas sim o ser humano pecador. "A Igreja recorda que Deus mesmo não deixa de abençoar cada um de seus filhos peregrinos neste mundo, porque para Ele somos mais importantes que todos os pecados que podemos cometer", diz o texto.