Na reunião que também deliberou sobre a liberação de água dos açudes Araras (Varjota), Taquara (Cariré) e Ayres de Sousa (Sobral), que estão com capacidade acima de 94%, foi acordado que o Serrote liberará o menor percentual dentre eles, com 500 litros por segundo. Hoje, segundo o Portal Hidrológico, tem vazão de 271 litros.

Na quadra invernosa deste ano, o Edson Queiroz teve dificuldades no aporte, tendo aumentado apenas 3,53% da sua capacidade e atualmente, está com um volume de 48,15%. “Se nada acontecer, quando chegarmos em 31 de janeiro de 2023, nós estaremos com 27% da capacidade. Mesmo soltando isso”, afirmou Parente.

O secretário pontuou também que dentre todos os açudes, o de Santa Quitéria é o mais distante para espelhar no rio Acaraú, o que gera desperdício da água acumulada e sendo uma das defesas para poupar mais aumento. “Recebo muita reclamação na Secretaria de que (as comportas) tão soltando muita água e o que acontece é que somos o que mais desperdiçamos no percurso, demoramos uma semana pra chegar em Sobral. A água que se perde pelo caminho é muito grande”, relatou.

Embora seja amparada por estudos técnicos, as liberações de água quase sempre encontram resistência entre a população, que preferem guardar a água nos açudes para garantir o abastecimento nas cidades e evitar cenários de racionamento. A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) já afirmou que o aporte no período chuvoso de 2022 garante a segurança hídrica do Ceará pelos próximos dois anos.