A oposição diz que é propaganda eleitoral. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, reclamou nas redes sociais: “Bolsonaro obrigar postos de gasolina a informar queda no preço dos combustíveis após mudança no ICMS é inacreditável”. A reação não vai parar por aí.
Como já era esperado, o governo Bolsonaro faz seu marketing político eleitoral com a queda dos preços dos combustíveis nos postos. Após a entrada em vigor da lei aprovada pelo Congresso que mudou a forma de cobrança do ICMS sobre os combustíveis para reduzir o peso do tributo no preço final na bomba, os preços começaram a cair – e a população está sentindo.
O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, chegou a parar esta semana em um posto de combustíveis da rede Ipiranga, em Brasília, para fazer propaganda do valor da gasolina cobrada no local, de R$ 5,99 o litro, conforme mostrou reportagem do Estadão. “Nós estamos conseguindo reduzir o preço do combustível”, alardeou em vídeo gravado. Filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro também faz campanha para criticar os adversários com as placas de preços nos postos de gasolina.
Há poucas semanas, em 21 de junho, reportagens mostravam que o litro da gasolina tinha chegado a R$ 8,99, de acordo com informações da Agência Nacional do Petróleo.
A maioria dos Estados já reduziu o ICMS, e os governadores que cortaram o imposto agora buscam capitalizar também a queda dos preços. O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que tenta a reeleição, foi o primeiro a puxar a fila.
Estadão Conteúdo