Na reunião, funcionários afetados foram informados de que teriam 60 dias para se realocarem em vagas da própria empresa e, caso não fosse possível ocupar outro cargo interno, a Amazon ficaria responsável por pagar um período de salário, como um seguro desemprego. Ainda não foi possível saber quantos meses benefícios seriam oferecidos pela empresa — a companhia também não se manifestou a respeito das demissões.
De acordo com pessoas familiarizadas com o assunto que conversaram com o jornal New York Times na última segunda-feira, 14, o corte deve afetar a área de dispositivos da Amazon, recursos humanos e vendas. Setores de aparelhos com a assistente de voz Alexa também devem ser reduzidos. Ao todo, cerca de 3% da área corporativa da Amazon pode ser afetada no corte, número que exclui funcionários terceirizados e de armazéns da empresa.
Durante a pandemia de covid-19, a Amazon se viu pressionada a dobrar a sua força de trabalho em apenas dois anos, com o aumento dos serviços de comércio online e de nuvem. Agora, a empresa tem enfrentado uma diminuição no ritmo de faturamento em um cenário de alta de inflação e da taxa de juros em todo o mundo.
No mesmo dia em que compartilhou o relatório, as ações da empresa tiveram queda de de cerca de 19% após o fechamento do mercado. “Obviamente, há muita coisa acontecendo no ambiente macroeconômico”, disse o CEO Andy Jassy no comunicado à imprensa. “E vamos equilibrar nossos investimentos para serem mais simplificados sem comprometer nossas principais apostas estratégicas de longo prazo.”
Somente em 2022, grandes empresas como a Meta, holding do Facebook, Instagram e WhatsApp, e o Twitter fizeram demissões em massa para cortar gastos frente ao cenário econômico atual. Na última semana, a Meta anunciou a demissão de cerca de 11 mil pessoas.
Estadão Conteúdo